No momento, a China segue uma política que, na prática, impõe altas tarifas e proporciona grandes subsídios à exportação - pois são esses os efeitos de uma moeda subvalorizada. Isso deveria representar uma violação das regras comerciais; talvez consista de fato numa violação, mas os termos da lei são vagos quanto a esse aspecto. Deixemos de lado as minúcias da lei por um instante: o que a China está fazendo corresponde a uma política comercial agressivamente predatória, do tipo que deveria ser evitada por meio de sanções.
Mas os chineses perceberam nossas intenções e acreditam que não vamos agir. Até que (ou a não ser que) isso mude, nossos protestos não passam de perda de tempo.
Proponho que enfrentemos a questão diretamente - e, se isso nos conduzir a um conflito comercial, devemos levar em consideração que, numa economia mundial em depressão, os países que apresentam excedentes têm muito a perder com um conflito desse tipo, enquanto os países deficitários podem muito bem acabar fortalecendo suas posições. Ou, em outras palavras, no momento estamos vivendo num mundo no qual o mercantilismo funciona. No longo prazo, vamos emergir desse tipo de mundo; mas apenas no longo prazo...