Mais coisas sobre as origens do déficit dos EUA

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Por Paul Krugman (The New York Times)
Atualização:

Pensei em outra maneira de apresentar os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB), os gastos de todos os níveis de governo e os impostos. Olhemos as tendências de PIB, gastos e arrecadação em dois períodos - um para captar o crescimento "normal", outro para a crise econômica.

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Para o primeiro período, verifico tendências do pico do ciclo econômico no primeiro trimestre de 2001 ao pico no último trimestre de 2007. Essa é uma maneira padrão de medir tendências econômicas, aliás, pois os picos de ciclos econômicos presumivelmente medem a produção da economia no máximo ou perto do máximo da capacidade. E, sim, isso significa que escrevi esta postagem num ajuste de picos.

Para o segundo período, uso os trimestres desde esse pico de 2007.

Eis ao que chegamos:

 

Fonte: Bureau of Economic Analysis

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Durante o período pré-crise, os gastos cresceram um pouco mais depressa que o PIB - isso é, Medicare mais as guerras de Bush - enquanto a arrecadação cresceu mais lentamente, presumivelmente refletindo os cortes de impostos.

O que ocorreu após a crise? Os gastos continuaram a crescer aproximadamente na mesma velocidade - um inchaço em programas de rede de segurança, compensado por um corte orçamentário nos níveis estadual e local. O PIB estacionou - razão pela qual a relação dos gastos para o PIB subiu. E a arrecadação despencou, provocando aumento dos déficits.

Mas, tenho certeza de que os suspeitos de costume encontrarão maneiras de continuar acreditando que é tudo uma questão de gastos desenfreados.

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