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Uma tola falta de terror

O vice-chanceler alemão diz que a perspectiva da saída da Grécia da zona do euro "perdeu sua aura de terror". Ao mesmo tempo, a Spiegel relata que o FMI decidiu que não vale mais a pena gastar mais para salvar o país.

Por Paul Krugman (The New York Times)
Atualização:

Acho sua falta de terror... perturbadora.

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Não estou dizendo que a Grécia deve ser mantida no euro; no fim, é difícil enxergar como isto pode dar certo. Mas, se há alguém na Europa pensando que uma saída da Grécia poderia ser contida com facilidade, é preciso deixar claro que isto é um sonho. Uma vez que um país - qualquer país - tenha demonstrado que o euro não é necessariamente para sempre, os investidores - e os correntistas comuns - de outros países vão certamente reparar nisto. Eu ficaria chocado se uma saída da Grécia não fosse seguida por grandes saques bancários em toda a periferia europeia.

Para conter isto, o BCE teria de oferecer um volume imenso de financiamento bancário - tendo provavelmente que comprar também títulos da dívida soberana, especialmente levando-se em consideração o alto rendimento das obrigações espanholas e italianas que podemos verificar enquanto você lê este texto. Será que os alemães estão prontos para este cenário?

Eu aconselharia todos a ter medo, muito medo.

Num comentário paralelo, o rendimento da dívida americana de longo prazo está caindo em território japonês.

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