Salários maiores e flexibilidade dos preços NÃO são a resposta; quando você está preso a uma armadilha de liquidez é necessária uma política fiscal e alguns de nós tentaram explicar muitas vezes - aparentemente sem sucesso - que essas são condições com base nas quais salários e preços em queda só podem piorar as coisas, não melhorar.
Uma melhor regulamentação, para que crises não ocorram com frequência, seria bom. Como também estabilizadores automáticos mais vigorosos.
Mas o que realmente fica claro, se você admitir que a política fiscal discricionária não está presente quando se necessita dela, é que ela pode justificar uma meta de inflação mais alta. Olivier Blanchard, do FMI, defendeu essa ideia um ano atrás. Se tivéssemos entrado nesta crise com uma inflação de 4% ou 5%, e não 2%, haveria mais espaço para uma política monetária convencional agir antes de chegarmos a uma taxa de juro próxima de zero.
Mas as mesmas pessoas que denunciam o keynesianismo também fazem um grande alarido no caso da inflação e nunca aceitariam uma meta de inflação mais alta. Então, o que podemos fazer se isso, também, for rechaçado?
Não muito. Se a política descarta todas as respostas eficazes, não haverá nenhuma resposta eficaz.