"As empresas precisam de uma data cravada para as reformas, porque precisam suspender os voos no sistema. Mas é um processo muito burocrático. É muito difícil cravar uma data", explica Goulart. "Estamos tentando um ajuste fino no processo para minimizar os adiamentos das obras", ressalta.
Segundo Goulart, a Infraero está alongando os prazos estimados por ela para as aprovações das obras para evitar adiamentos por questões burocráticas. Além do procedimento de licitação pública, uma obra em aeroporto requer a avaliação e autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
No meio desse trâmite, a Infraero começa a negociar com as companhias aéreas as datas e horários nas intervenções das pistas e eventuais restrições na operação. A partir daí, as empresas iniciam os ajustes na operação. E, depois de tudo aprovado, a Infraero emite uma notificação a empresas para realizar a obra.
As mudanças no cronograma ocorrem, por exemplo, quando uma empreiteira questiona o resultado da licitação. Em casos assim, a Infraero tem de avisar as empresas que a obra prevista em determinada data será adiada - muitas vezes os ajustes na malha aérea já foram feitos.
No aeroporto de Campo Grande, por exemplo, a segunda fase da obra na pista já deveria ter sido feita, mas choveu muito na data prevista e obra foi adiada para agosto