Cley Scholz
16 de julho de 2013 | 11h58
SÃO PAULO – O ator Bruce Lee tornou-se ícone das artes marciais. Estudioso do taoísmo e do budismo, ele defendia que o kung-fu, o jiu-jitsu e todos os outros estilos de artes marciais eram um caminho para tornar a cultura oriental conhecida e respeitada.
Ao longo da carreira como instrutor de luta e depois como ator de cinema e televisão, Lee sempre reforçou a importância da preparação mental e espiritual, que considerava fundamentais para o sucesso do treinamento físico.
Morto em 1973 com edema cerebral aos 33 anos, Bruce Lee retorna agora às telas em um polêmico comercial internacional do uísque Johnnie Walker.
“Tranquilo e infalível como Bruce Lee”, como cantou Caetano Veloso, um clone virtual do ator aparece em cena recriado com técnicas de computação gráfica para vender a marca de uísque escocês.
A produção usou um dublê parecido com o ator e aplicou efeitos de computador para recriar o rosto de Lee em três dimensões, usando fotos e imagens gravadas como referência.
Fãs revoltados dizem que ele não bebia nem saquê, quanto mais uísque, e que a propaganda ofende à sua memória de luta por mentes e corpos saudáveis.
O diretor da campanha se desvia dos golpes e diz que o anúncio é uma metáfora sobre a vida. O clone de Bruce Lee não cita a bebida alcoólica e nem aparece com copo na mão.
O filme intitulado ‘Game Changer’ mostra o astro falando sobre a sua filosofia que pregava: ‘Seja como a água, que passa pelas fendas. Esvazie sua mente, não tenha forma, seja maleável. A água pode fluir, ou pode esmagar’
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