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Campanha da FCB para o 'Estadão' é premiada em Cannes

Plataforma 'De Real para Realidade', que converte o dinheiro desviado pela corrupção em bens públicos, levou dois Leões de prata em Design

Por Economia & Negócios
Atualização:

Fernando Scheller, enviado especial

CANNES - Uma plataforma desenvolvida pela agência FCB Brasil para o 'Estadão' foi premiada ontem no Cannes Lions - Festival Internacional de Criatividade. A iniciativa "De Real para Realidade", que faz um cálculo dos bens e serviços que poderiam ser proporcionados à população com o dinheiro desviado por práticas corruptas, levou dois Leões de prata na categoria Design. O 'Estadão' é o representante oficial de Cannes Lions no País.

 Foto: Estadão

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A ferramenta converte automaticamente valores informados em notícias do 'Estadão'. Por exemplo: uma denúncia de desvio de R$ 52 milhões poderia significar 433.333 vacinas H1N1, 631 ambulâncias ou ainda 176 metros de linhas de metrô. Para complementar a informação, o conversor da moeda da corrupção mostra também notícias relacionadas em que aquele investimento poderia fazer a diferença para melhorar a vida das pessoas.

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Trata-se de uma ferramenta perene, que está disponível desde setembro do ano passado para os leitores do jornal. Segundo Joanna Monteiro, vice-presidente de criação da FCB Brasil, agência responsável pela criação da plataforma, a ideia é continuar a "alimentar" o site, de forma a mostrar diferentes serviços que as pessoas estão perdendo cada vez que agentes públicos corruptos desviam verbas.

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Segundo a executiva da FCB, a campanha - que já recebeu outros prêmios internacionais por seu design - ajuda a complementar o principal produto do 'Estadão', a notícia, proporcionando contexto adicional à "enxurrada" de informações sobre corrupção. "Com tantas denúncias de corrupção, acho que o brasileiro acabou perdendo a sensibilidade do que significa um desvio de bilhões de reais. Essa ferramenta veio para mostrar que esse dinheiro é real e poderia ser convertido em serviços", explica.

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Para o diretor executivo comercial do Grupo Estado, Flávio Pestana, a parceria entre o 'Estadão' e a FCB vem conseguindo criar peças publicitárias relevantes, a partir de temas de interesse social. Ele lembrou que uma campanha para o jornal havia levado um Leão de ouro em 2016 - a ação "Músicas de Violência", que identificava conteúdos que incentivavam a violência contra a mulher. Pelo segundo ano consecutivo, o trabalho conjunto recebe prêmios, agora ligado a uma questão premente para o País: a corrupção.

Mais Leões. O Brasil já quase "empatou" com o resultado do ano passado em Cannes Lions - Festival Internacional de Criatividade, apesar de o festival continuar até sábado e de o resultado de várias categorias - entre elas Film, Radio e Titanium - ainda não ter sido revelado. Com os 17 Leões angariados ontem em cinco categorias, o Brasil chegou a 88 Leões no festival de 2017, contra 90 de todo o evento em 2016.

Entre as categorias reveladas ontem, o melhor desempenho do Brasil foi na categoria Design, que angariou três Leões de prata, dois para a campanha "De Real para Realidade", feita pela FCB Brasil para o Estadão, e um para a Grey, para o Instituto Reclame Aqui. A NBS, do Rio, levou um bronze para uma campanha para a Apple.

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Em Entertainment for Music, o País recebeu três Leões, sendo duas pratas - JWT/Instituto Azmina e Havas Life/Teva Neuroscience - e um bronze, para Grey/Reclame Aqui. Na categoria Entretainment, o Brasil ganhou uma prata (Africa/Budweiser) e três bronzes, para Soko/Netflix, NBS/Apple e Nova SB/Caixa Econômica Federal.

Em Media, foram cinco bronzes: Publicis (Heineken), Neogama (Asics), New360 (Cruzeiro Esporte Clube e Azmina), Z+ (AACD) e Grey (Reclame Aqui). Houve ainda um Leão inédito para o Brasil em Product Design, para o Furf Design Studio, de Curitiba, para o Instituto Ethnos.

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