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Para sair do prejuízo, Barnes Noble tenta ir além dos livros

Tradicional livraria americana aposta em eventos, brinquedos e games para aumentar as vendas

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Por Economia & Negócios
Atualização:

The New York Times

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Ron Boire foi criado no Estado de Nova York, ajudando a cuidar de uma propriedade rural por US$ 2 por hora. Na adolescência, tinha uma ideia de luxo em mente. "Não tínhamos dinheiro, e minha mãe era uma leitora voraz. Eu lembro de dizer a um amigo: quero ter dinheiro para comprar edições de capa dura."

Boire, que assumiu a presidência da rede de livrarias Barnes & Noble em setembro, é um fã dos livros tradicionais. No entanto, o executivo de 54 anos - que já comandou a rede de lojas Sears no Canadá, além de ter trabalhado na BestBuy e na Toys 'R' Us - está sob pressão para melhorar os resultados da empresa, que foram prejudicados pelo crescimento da Amazon nos EUA e também pelo fracasso de uma linha de e-readers, o Nook.

Por isso, o executivo está liderando um esforço para redirecionar a Barnes & Noble como mais do que uma livraria. Agora, a empresa será uma varejista de "estilo de vida".

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Diversificação. Lojas terão vitrolas e cursos de tecnologia Foto: Estadão

Diante das perdas dos últimos anos, a loja precisa tornar maior o tráfego de clientes. Além de aumentar a quantidade de eventos promovidos nas unidades - com ações que vão de cursos para livros de colorir a aulas básicas para uso de tecnologias -, a empresa também está modificando sua oferta.

Entre os produtos que agora aparecem nas vitrines da Barnes & Noble estão discos de vinil e vitrolas, produtos de tecnologia e suprimentos para trabalhos artísticos. "A tendência macro é prover interação física do cliente com determinadas coisas. Acho que essa é uma tendência de longo prazo", afirma Boire.

A estratégia será testada pela empresa no período de vendas de Natal. A companhia precisa provar que é capaz de dar resultado depois de apresentar mais um trimestre decepcionante. Na quinta-feira, a Barnes & Noble apresentou queda de 4,5% em suas vendas no período encerrado em 31 de outubro, para US$ 895 milhões. A empresa teve prejuízo de US$ 27,2 milhões. Até sexta-feira, a ação tinha despencado quase 20%.

No entanto, a estratégia de diversificação que já estava em curso foi considerada um dos poucos pontos positivos no balanço da companhia. Brinquedos e games, que ainda representam uma fatia pequena do negócio como um todo, apresentaram crescimento de 15% nas vendas até outubro. Em uma teleconferência com analistas, Boire lembrou que outros casos de sucesso atuais dentro da Barnes & Noble são as vendas de livros de colorir e também de música, como o novo CD da cantora Adele.

Alguns analistas veem motivos para otimismo sobre a companhia. Até a Black Friday, as vendas da empresa no atual trimestre haviam crescido 1,1%.

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