Cley Scholz
08 de outubro de 2014 | 13h46
Supostos descendentes de uma mulher que aparece nas embalagens dos produtos da Quaker Oats, fabricante da Aveia Quaker, estão cobrando na Justiça da gigante dos alimentos uma indenização de US$ 2 bilhões por direitos de imagem.
Eles alegam que a Quaker, subsidiária da PepsiCo, deve a eles royalties pela imagem da falecida ‘tia’. A foto da mulher foi usada a partir de 1930. A Quaker alega que a imagem de Jemima não foi baseada em uma pessoa real, mas é uma combinação de estereótipos.
Os supostos herdeiros alegam que a empresa que detém a marca fez uma promessa para pagar sua bisavó uma porcentagem dos lucros, segundo reportagem da rede americana CBS News.
A marca Tia Jemima foi criada a partir de uma caricatura de uma mulher negra pós-escravidão. A imagem evoluiu ao longo dos anos e ganhou novo penteado, mas sempre manteve a expressão simática de quem entende de receitas caseiras.
A ação movida em um tribunal federal alega que a Quaker Oats roubou receitas de Anna Curto Harrington em 1930 e deixou de pagar royalties sobre seus produtos com sua imagem. Na denúncia, os supostos descendentes dizem que Harrington tinha um contrato com a Quaker Oats, que nunca foi honrado.
Em um comunicado, a empresa disse que “o processo não tem mérito” e que as reivindicações são “frívolas e sem fundamento”.
“A marca Tia Jemima não é, e nunca foi, baseada em qualquer pessoa real. Estamos confiantes de que esta questão jurídica será resolvida a nosso favor”, diz o comunicado da empresa.
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