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José Vicente Caixeta Filho

As pesquisas podem errar?

Nesse primeiro turno último de eleições majoritárias que participamos, os Institutos de Pesquisa erraram por demais. Talvez a teoria estatística já esteja observando uma rebelião? Sou totalmente contrário à indução que as pesquisas possam eventualmente trazer a um eleitor obrigado a votar. Ninguém gosta de perder... Muito menos a nossa agricultura.

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Por Jose Vicente Caixeta Filho
Atualização:

Somos sensíveis. Talvez essa seja a marca principal do ser humano.

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Seja por aquele olhar mais fixo e raivoso que às vezes encaramos, seja pela reprovação de algum ato que tenhamos praticado, ficamos tristes e às vezes até adoecemos (a tal da "somatização").

Por outro lado, parece que esse tipo de fenômeno pode vir a integrar uma rebelião em torno da chamada estatística básica.

Um colega uma vez me trouxe a seguinte imagem: você provaria uma bala de um cesto que contém 100 balas, sabendo que (apenas) uma delas está envenenada?

Outro caso: numa avaliação de um professor por um grupo de 100 alunos, dos 100 questionários respondidos apenas dois trouxeram críticas pesadas àquele docente. Qual resultado que afetou mais aquele indivíduo: as 98 avaliações favoráveis ou as 2 desfavoráveis?

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Nesse primeiro turno último de eleições majoritárias que participamos, os Institutos de Pesquisa erraram por demais. Talvez a teoria estatística já esteja observando essa rebelião?

Sou totalmente contrário à indução que as pesquisas possam eventualmente trazer a um eleitor obrigado a votar.

Ninguém gosta de perder... Muito menos a nossa agricultura.

Talvez esses tipos de vieses possam ser resolvidos no sistema eleitoral brasileiro, com a oportunidade do "segundo turno".

O ser humano, ser sensível, precisa dar as costas a essa tentativa de "rebelião estatística" e demonstrar que a MAIORIA, sim, faz a diferença.

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Isso certamente afeta nossas motivações, metas a serem alcançadas. A sensibilidade exercida a partir daquela MAIORIA de coisas que dão certo, positivas, vai nos tornar cidadãos cada vez mais entusiasmados com a perspectiva de dias melhores. Para os mais diversos segmentos de nossa sociedade. Inclusive para a nossa agricultura.

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