Somos sensíveis. Talvez essa seja a marca principal do ser humano.
Seja por aquele olhar mais fixo e raivoso que às vezes encaramos, seja pela reprovação de algum ato que tenhamos praticado, ficamos tristes e às vezes até adoecemos (a tal da "somatização").
Por outro lado, parece que esse tipo de fenômeno pode vir a integrar uma rebelião em torno da chamada estatística básica.
Um colega uma vez me trouxe a seguinte imagem: você provaria uma bala de um cesto que contém 100 balas, sabendo que (apenas) uma delas está envenenada?
Outro caso: numa avaliação de um professor por um grupo de 100 alunos, dos 100 questionários respondidos apenas dois trouxeram críticas pesadas àquele docente. Qual resultado que afetou mais aquele indivíduo: as 98 avaliações favoráveis ou as 2 desfavoráveis?
Nesse primeiro turno último de eleições majoritárias que participamos, os Institutos de Pesquisa erraram por demais. Talvez a teoria estatística já esteja observando essa rebelião?
Sou totalmente contrário à indução que as pesquisas possam eventualmente trazer a um eleitor obrigado a votar.
Ninguém gosta de perder... Muito menos a nossa agricultura.
Talvez esses tipos de vieses possam ser resolvidos no sistema eleitoral brasileiro, com a oportunidade do "segundo turno".
O ser humano, ser sensível, precisa dar as costas a essa tentativa de "rebelião estatística" e demonstrar que a MAIORIA, sim, faz a diferença.
Isso certamente afeta nossas motivações, metas a serem alcançadas. A sensibilidade exercida a partir daquela MAIORIA de coisas que dão certo, positivas, vai nos tornar cidadãos cada vez mais entusiasmados com a perspectiva de dias melhores. Para os mais diversos segmentos de nossa sociedade. Inclusive para a nossa agricultura.