Ainda falta mais de um mês para a eleição, mas já tem banco no exterior opinando publicamente sobre quem deveria integrar a futura equipe econômica do governo no caso da vitória de Dilma Rousseff (PT).
O grupo financeiro japonês Nomura, que detém um dos maiores bancos de investimento do mundo, escreveu um relatório a seus clientes com o título: "Os 100 primeiros dias de Dilma", conforme a agência Bloomberg relatou.
O documento afirma que os rumores de que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o atual secretário de Política Econômica do órgão, Nelson Barbosa, são cotados para comandar a pasta são "um sinal muito bom".
O banco diz, ainda, que Dilma pode tomar "ações políticas vigorosas e inesperadas", incluindo cortar gastos públicos para permitir uma redução na taxa básica de juros. A empresa também comunica aos seus clientes que é possível que Dilma acrescente ou aumente taxas à entrada de capital no Brasil para amenizar a valorização do real.
"A combinação de aperto da política fiscal e afrouxamento da política monetária aliviaria parte da pressão para a alta do real", afirmou no relatório Tony Volpon, da unidade da Nomura Securities International em Nova York, conforme registro da Bloomberg.