PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícia e análise, sem fronteiras

Brasil usa manobra fiscal similar à dos EUA, diz artigo no 'WSJ'

Opinião é de Mary O'Grady, membro do conselho editorial do 'Journal'

Por Carla Miranda
Atualização:

"Pode não ser um consolo suficiente para os americanos, mas Washington não é o único lugar que usa uma matemática confusa para tentar esconder um aumento de gastos. Políticos brasileiros estão empregando táticas similares."

PUBLICIDADE

Assim começa o artigo desta segunda-feira, 18, de Mary Anastasia O'Grady no "Wall Street Journal". Membro do conselho editorial do diário, ela se baseia em uma análise do economista Raul Velloso sobre as contas públicas brasileiras.

O'Grady observa que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, anunciado pelo governo em janeiro, corresponde, na verdade, a uma redução em relação ao que estava previsto para este ano, e não em comparação com o ano passado. Sobre 2009, o Orçamento de 2011, mesmo com o corte, representa uma alta de 9,5% nos gastos públicos primários (sem contar as despesas com dívidas).

Para a articulista do "Journal", o melhor caminho para o Brasil é controlar os gastos públicos e permitir a valorização do real. Esses dois fatores ajudariam a conter a inflação. O'Grady considera que a inflação no Brasil resulta do aumento de gastos públicos em 2010 que, segundo ela, teve o objetivo de ajudar na eleição da presidente Dilma Rousseff. "Funcionou, mas agora os brasileiros estão pagando o preço", afirma a autora do artigo.

EUA

Publicidade

O artigo de O'Grady não explica qual seria a suposta manobra fiscal no governo dos Estados Unidos. As ideias da autora normalmente convergem com as do Partido Republicano quando o assunto é gasto público. No caso norte-americano, a oposição havia feito uma proposta de reduzir o déficit das contas públicas do país em US$ 4 trilhões, incluindo o corte de impostos. Mais tarde, o presidente Barack Obama, do Partido Democrata, também propôs baixar o déficit em US$ 4 trilhões, mas para isso ele incluiria aumento de impostos sobre os mais ricos.

Leia o artigo no site do "Wall Street Journal" (em inglês)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.