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China: aumentam protestos em fábricas que atendem grandes marcas

Funcionários fazem greves e paralisações em indústrias na região de Shenzhen

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Por Carla Miranda
Atualização:

Aumentaram nos últimos dias os protestos contra as condições de trabalho em fábricas na China que fornecem produtos para grandes marcas internacionais, segundo relatos do site China Labor Watch (CLW).

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Funcionários da Jingmo, que produz para Apple, IBM, LG e outras, afirmam que foram convocados para trabalhar das 18h à 0h, em alguns casos, ou às 2h, em outros. Essa carga horária seria adicionada à atual rotina, em que o expediente é das 7h às 11h30 e depois das 13h às 17h. A notícia foi indicada por Alcides Leite, colaborador do Radar Econômico.

-- VEJA TAMBÉM: Mais um funcionário da Foxconn suicida-se na China --

Veja alguns casos de protestos, segundo relatos da CLW.

Top Form Underwear Fabrica para: Calvin Klein e Maidenform Local: Shenzhen Situação: 400 trabalhadores pararam dia 21 Motivo: Alta carga horária (chega a 300 horas por mês em épocas de pico), baixos salários (US$ 314 para essa caraga horária) metas inatingíveis e desrespeitos verbais frequentes por parte da gerência

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Jingmo Electronics Corporation Fabrica para: Apple, IBM, LG e outras Local: Shenzhen Situação: 1 mil entraram em greve dia 22 Motivo: Empresa decidiu que alguns funcionários trabalhariam até 0h ou 2h, sendo que o expediente começa às 7h

Yucheng Shoe Factory Fabrica para: New Balance, Adidas e Nike* Local: Huangjiang Situação: 7 mil fizeram passeata dia 18 e entraram em conflito com a polícia Motivo: A companhia teria demitido empregados ilegalmente, teria o hábito de desrespeitar funcionários, com abuso verbal. A informação de que Nike e Adidas seriam clientes dessa companhia é do jornal "El País"

Pepsico China Fabrica para: Pepsico Locais: Chongqing, Chengdu e Nanchang Situação: Funcionários fizeram paralisação dia 14 Motivo: A Pepsico China teria transferido suas operações de engarrafamento à empresa Tingyi. Segundo a China Labor Watch, funcionários da empresa americana teriam seus contratos encerrados e precisariam renegociar as condições de trabalho com a nova engarrafadora.

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