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China descarta injetar mais dinheiro na economia

Jornal afirma que mercados deverão ficar desapontados pela falta de estímulo do governo

Por Gustavo Santos Ferreira
Atualização:

Por Clarissa Mangueira, da Agência Estado

A China não deverá adotar medidas de estímulo para impulsionar sua economia, mesmo diante de crescimento econômico mais lento - aponta comentário publicado no jornal Economic Information Daily e artigo da agência Xinhua.

"Os mercados têm expectativas irreais sobre o estímulo do governo", destaca o comentário no jornal.

 Foto: Estadão

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O governo chinês busca reestruturar sua econômica. Quer reduzir a dependência do investimento estatal e impulsionar o consumo doméstico. Ou seja, deseja obter novo condutor do crescimento, como mostrou na segunda-feira este Radar Econômico. Mas seus planos deverão significar uma expansão menos robusta no curto prazo.

O jornal afirma que os mercados deverão ficar desapontados pela falta de estímulo, apesar do primeiro-ministro, Li Keqiang, ter sugerido que o crescimento abaixo da meta poderia desencadear uma mudança de política.

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O primeiro-ministro afirmou que o crescimento econômico e o emprego em torno dos níveis atuais são aceitáveis no geral.

A China poderia injetar liquidez na economia, mas isso aumentaria a inflação e criaria bolhas de ativos devido à lenta demanda, afirmou o comentário.

O comentário criticou o programa de estímulo de 4 trilhões de yuans (US$ 645 bilhões) após a crise financeira, afirmando que, embora seus efeitos de estímulo tenha sido sentidos por cerca de um ano, ele teve um impacto negativo. Muitos economistas afirmam que o estímulo, que pode ter sido muito maior do que o valor principal, levou a investimentos em projetos mal concebidos e um desperdício que poderia dominar o sistema bancário com empréstimos ruins.

Afirmou-se que a tolerância maior ao crescimento econômico mais lento poderá forçar os governos locais para acelerar reformas e reduzir a dependência da expansão econômica conduzida por investimento.

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