Atualizado às 16h47
Para quem tem sede, o copo está meio cheio. A Espanha está comemorando nesta sexta-feira, 23, o desempenho das instituições financeiras do país no teste de estresse divulgado nesta sexta-feira, 23.
---Celso Ming: Bancos não são o problema mais graveSiga o Radar Econômico no Twitter: @radar_economia ---
De 91 empresas examinadas, sete foram reprovadas; destas, cinco são espanholas. Isso significa que essas instituições financeiras não suportariam um cenário econômico muito adverso, como uma queda de 3% do Produto Interno Bruto.
Elas teriam que tomar emprestados, no total, 3,5 bilhões de euros para enfrentar tal situação.
O governo e os jornais espanhóis, diferentemente da imprensa em outros países, responderam à notícia de forma positiva.
"Todos os bancos espanhóis passam nas provas de resistência na Europa", diz na suamanchete o site do jornal El País. A reportagem afirma que os bancos suportariam "um grave choque financeiro".
Mas o jornal acrescenta: "No caso das caixas, no entanto, a Espanha tem cinco de sete entidades reprovadas". As "caixas" são instituições financeiras com foco em poupança e empréstimos.
A ministra da Economia da Espanha disse, como relatou o jornal El Mundo, que o sistema financeiro espanhol conta com instituições "robustas e solventes, capazes de suportar situações muito adversas".
O site da rede alemã Deutsche Welle também adotou postura semelhante: "Com uma exceção, bancos alemães passam no teste de estresse".
O francês Le Monde também viu o lado positivo: "Apenas 7 bancos de 91 falham no 'teste de estresse'".
Em países que estão fora da zona do euro, a notícia saiu de forma diferente. Nos Estados Unidos, o site do Wall Street Journal destaca: "Sete bancos europeus falham no teste de estresse".
O New York Times e o londrino Financial Times afirmam exatamente o mesmo.
Lista completa
O relatório com o resultado dos testes de estresse pode ser encontrado aqui (em inglês). A lista completa das instituições financeiras que participaram da avaliação está nas páginas 36 a 38. As entidades reprovadas foram a grega ATEBank, a alemã Hypo Real Estate e as espanholas: Unnim, Diada, Espiga, Banca Civica e Cajasur.