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Dilma não mexerá nos pilares da economia, diz assessor

Mas jornal aponta ambiguidades no discurso da candidata à Presidência

Por Carla Miranda
Atualização:

"Um alto assessor [da candidata Dilma Rousseff, PT] assegurou ao 'Financial Times' que não haverá mudanças nos pilares centrais da estabilidade macroeconômica do Brasil, que são a meta de inflação, o câmbio flutuante e a redução gradual da dívida pública."

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A frase, publicada no site do mencionado jornal britânico, faz parte de mais uma reportagem da imprensa internacional que tenta adivinhar não quem será o próximo presidente do Brasil, mas como tende a ser um governo Dilma.

O jornal britânico chama atenção para o que considera uma ambiguidade nesse discurso: o fato de que a dívida pública, "na definição estrita de dívida líquida usada pelo governo", está caindo, enquanto a dívida bruta, que na Europa é considerado um indicador mais relevante, está subindo. A dívida líquida desconta o dinheiro emprestado pelo governo.

O "Financial Times" também chama atenção para o fato de que Dilma afirma que não haverá mudanças nas políticas que tendem a levar o País a uma taxa de crescimento de 7% ao ano, mesmo com "muitos economistas" dizendo que a expansão potencial do PIB (Produto Interno Bruto), esteja em torno de 4,5%, segundo. O crescimento potencial se refere à capacidade de a economia se expandir sem gerar inflação alta.

A reportagem também questiona se Dilma terá força política para se opor a petistas e emplacar na área econômica membros ligados ao PSDB, como fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao colocar Henrique Meirelles, que era tucano, no comando do Banco Central.

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Apesar de apontar essas críticas a Dilma, o texto elogia a capacidade de gestão da ex-ministra, diz que "poucos duvidam da sua dedicação a políticas públicas" e afirma que ela foi presa e torturada por "aderir à resistência armada contra a ditadura".

Leia a reportagem no site do "Financial Times" (em inglês)

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