Carla Miranda
19 de março de 2012 | 16h43
Atualizado em 20/03 às 17h56
É o movimento anual da economia online no Brasil
A economia online gira US$ 46 bilhões por ano no Brasil, o que equivale a 2,2% do PIB (produto interno bruto), segundo uma pesquisa do Boston Consulting Group (BCG). O estudo, divulgado nesta segunda-feira, 19, consolidou dados referentes ao ano de 2010.
Com esse porcentual, o Brasil fica em 13º lugar entre os países do G-20 (grupo que reúne as sete economias mais desenvolvidas, 12 emergentes e a União Europeia).
A lista é encabeçada pelo Reino Unido, onde a economia da internet representa 8,3% do PIB.
O Brasil supera países como Itália e Argentina, mas está abaixo da média tanto dos países ricos como dos emergentes. O País deve cair para antepenúltimo do ranking em 2016, ficando à frente apenas da Turquia e da Indonésia, na estimativa dos pesquisadores.
Dos US$ 46 bilhões que formam o que o BCG chamou de “PIB da internet” do Brasil, US$ 34 bilhões vêm do comércio online, US$ 14 bilhões são investimentos e US$ 4 bilhões são gastos do governo no setor. A soma dá US$ 52 bilhões, mas os pesquisadores subtraírem desse montante os US$ 6 bilhões que representam o déficit comercial do Brasil com outros países nesse segmento.
Abaixo, o ranking da economia online, como porcentual do PIB em 2010, entre os países do G-20, segundo o BCG.
Publicidade online
Apesar de estar bem atrás dos demais países na economia online, o Brasil é um dos países onde a publicidade está migrando para a internet mais rapidamente, segundo a pesquisa.
Somente em seis países do G-20 o dinheiro gasto com publicidade na internet já supera os anúncios de jornal. São eles Brasil, Argentina, Japão, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.
No Brasil, 15,6% do dinheiro gasto com publicidade é destinado à internet; os jornais impressos ficam com 10,1%, e as revistas, 7,5%. Veja abaixo a lista com todos os membros do G-20.
Outra particularidade do Brasil é a importância que os anunciantes dão à televisão. Do total da verba publicitária, 60,3% vão para a TV. No G-20, apenas o México tem um porcentual maior (74,6%).
Os números do BCG diferem da pesquisa
Íntegra
Veja no site do BCG o estudo na íntegra e o
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