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'Economist': Brasil cria modelo agrícola que pode alimentar o mundo

Revista ressalta que País investiu em pesquisa em vez de dar subsídio à produção

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Por Carla Miranda
Atualização:

Atualizado às 16h27

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O Brasil desafiou os estudiosos "agropessimistas" e criou um modelo de produção agrícola que pode alimentar o mundo e evitar a escassez de comida, na opinião da revista britânica "The Economist".

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Os "agropessimistas" são pesquisadores e profissionais do mercado que, no final dos anos 1960 e início dos 1970, previam que nas décadas seguintes a humanidade não seria capaz de produzir a quantidade demandada de alimentos pela crescente população.

A revista lembra que, depois que esses estudos apareceram, o Brasil resolveu adotar uma postura diferente do restante do mundo: em vez de oferecer subsídios ao setor agrícola, optou por investir em pesquisas para melhorar a produtividade.

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Nas quatro décadas seguintes, o Brasil se tornou "o primeiro gigante agrícola tropical e o primeiro a desafiar o domínio dos cinco grandes exportadores (Estados Unidos, Canadá, Austrália, Argentina e União Europeia)", afirma a revista.

Por meio de pesquisas apoiadas pela Embrapa e baseada em sementes geneticamente modificadas, diz a reportagem, a produção agrícola brasileira "representa uma clara alternativa para o crescente entendimento de que, na agricultura, ser pequeno e orgânico é bonito".

Os números mostram o efeito dos investimentos em pesquisa. Desde 2000, a área plantada no Brasil variou pouco, de cerca de 40 milhões de hectares para pouco menos de 50 milhões; no mesmo período, a produção saltou de menos de 90 milhões de toneladas por ano para quase 150 milhões.

O periódico diz que esse modelo pode ser adotado em países pobres, que têm clima parecido com o do Brasil, e termina o artigo afirmando que o mundo deveria "aprender com o Brasil" na produção agrícola.

As reportagens estão no site da "Economist", em inglês:

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"Como alimentar o mundo"

"O milagre do cerrado"

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