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Escassez mundial de vinho preocupa economistas

Atualmente, demanda pela bebida já supera a produção em escala global

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Por Gustavo Santos Ferreira
Atualização:

Nem falta de petróleo nem de água. Agora é a escassez de vinho que preocupa os economistas - alerta o Telegraph.

No ano passado, diz a publicação, o descompasso entre a demanda e a oferta de vinho foi o maior dos últimos 40 anos, num déficit na casa dos 8%. Relatório do Morgan Stanley aponta que, mantidos os ritmos de aumento de consumo e de queda na fabricação nos próximos anos, vai faltar bebida nas prateleiras.

 Foto: Estadão

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O último pico da produção de vinho no mundo foi em 2004 e, de lá para cá, a queda tem sido constante. E, enquanto a produção caiu 16% desde aquele ano, o consumo subiu pouco mais de 2%.

A queda da produção pode ser explicada pelo encurtamento das áreas plantadas de videiras na Europa, que padecem com o mau tempo. A alta do consumo estaria ligada, por sua vez, ao incremento de renda em países em que, costumeiramente, os bebedores optavam por bebidas mais baratas.

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Taças vazias? Demanda mundial já supera em cerca de 8% oferta na indústria de vinho  Foto: Estadão

No Brasil, de economia que se enquadra nesse cenário, o mercado de vinhos movimenta R$ 1,2 bilhão por ano apenas em rótulos nacionais. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o consumo por aqui tende a subir 30% até 2016. Assim, o 1,9 litro ingerido por ano em média no País deve subir para 2,5 litros.

Os quatro maiores vendedores de vinhos do planeta, França, Itália, Espanha e Estados Unidos, respondem por quase 60% da produção mundial - de acordo com o Wine Institute. Com os maiores estoques no limite, tendem a ganhar espaço daqui para frente quem vem na sequência do Top 10: Argentina, Austrália, Chile, África do Sul, Alemanha e Portugal. Pelos dados da instituição, o Brasil é apenas o 15º maior fabricante do setor.

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