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EUA abrirão investigação sobre Corolla, da Toyota

Autoridades do país examinarão possíveis defeitos no volante dos carros

Por Carla Miranda
Atualização:

Atualizado às 10h10

Os Estados Unidos abrirão nova investigação sobre a Toyota, agora focada em possíveis problemas no volante dos veículos Corolla, informa o jornal Financial Times.

A investigação, a quinta sobre a companhia pelo governo norte-americano, está prevista para ser anunciada oficialmente nesta quinta-feira, de acordo com o diário. 

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A decisão oficial de examinar os veículos Corolla surge um mês depois de esse modelo se tornar o mais vendido da Toyota nos EUA, lembra o FT. Até dezembro do ano passado, o primeiro da lista era o Camry, que perdeu o posto depois que a montadora japonesa foi forçada a parar de vender o carro, devido a problemas no acelerador.

O diário norte-americano The Wall Street Journal acrescenta que o órgão regulador responsável (National Highway Traffic Safety Administration) recebeu 163 reclamações sobre a direção em Corollas. O jornal chama atenção para o fato de que a investigação tem o objetivo de examinar se o problema realmente existe, e lembra que o órgão abre em média cem processos desse tipo por ano.

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Atualmente, a Toyota faz recall de 8,5 milhões de veículos no mundo, com defeitos no acelerador, tapetes e sistemas de travas.

Governadores defendem Toyota

Enquanto o órgão regulador abre investigações, alguns políticos dos EUA estão se posicionando favoravelmente à Toyota, com receio das perdas de empregos que a crise da empresa pode causar, segundo outra reportagem do WSJ. O jornal apresenta um gráfico mostrando que a montadora japonesa tem mais de 30 mil funcionários em oito Estados norte-americanos.

Entre esses políticos estão os governadores de Indiana, Mississippi, Kentucky, Alabama e Texas, todos do Partido Republicano. Os quatro primeiros escreveram uma carta ao Comitê de Comércio e Energia descrevendo a Toyota como vítima de uma imprensa excessivamente agressiva e dizendo que os problemas da japonesa são tratados de forma mais "enfática" do que das outras montadoras sob supervisão do Departamento de Transporte. O motivo da discriminação seria o "óbvio conflito de interesse", segundo os governadores, uma vez que o governo federal dos EUA tem "imensas participações financeiras" nas concorrentes General Motors e Chrysler.

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