Carla Miranda
27 de outubro de 2010 | 12h40
A GlaxoSmithKline, gigante da indústria farmacêutica, aceitou pagar US$ 750 milhões para encerrar processos criminais e civis, após ser constatado que a empresa vendeu 20 medicamentos de segurança duvidosa ao longo de anos, reporta o jornal “The New York Times”.
Segundo a reportagem, a companhia tinha conhecimento de que vendia pomadas para bebês contaminadas e antidepressivos ineficazes.
Entre as drogas com problema estavam:
– Paxil / antidepressivo;
– Bactriban / pomada para bebê;
– Avandia / remédio para diabetes;
– Coreg / para o coração;
– Tagamet / para refluxo gástrico.
Não há casos registrados de pacientes que tenham ficado doentes por causa dos medicamentos, uma vez que isso “é muito difícil de constatar”, segundo o jornal. Mas processos recentes concluíram que pacientes foram lesados e que governos federal e estaduais foram defraudados ao gastar dinheiro com essas drogas.
Segundo o “Times”, esse foi o quarto maior acordo entre governo e farmacêutica por venda de medicamentos com problemas. Sem setembro de 2009, a Pfizer pagou US$ 2,3 bilhões ao governo; em janeiro do ano passado, a Eli Lilly fechou acordo de US$ 1,4 bilhão; em 1º de outubro de 2010, a TAP Pharmaceuticals aceitou pagar US$ 875 milhões.
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