O próximo presidente do Brasil aparecerá, como Luiz Inácio Lula da Silva, na famosa lista das pessoas mais influentes do mundo, elaborada pela "Time Magazine"? Se depender do jornalista escocês Andrew Downie, que veio ao País em 1999 como correspondente da revista, isso não deve ocorrer.
"Lula é um personagem, ame-se ele ou odeie-se ele", disse Downie, em entrevista ao Radar Econômico. Para o jornalista, que colabora ou colaborou com a revista britânica "Monocle", o jornal também britânico "Daily Telegraph" e outros veículos de comunicação, o carisma de Lula é um dos fatores que atraem a imprensa internacional.
Downie, que aos 16 anos trabalhou em uma fábrica de produtos eletrônicos na Escócia, costuma ser comparado com Lula. "As pessoas dizem que, no país do presidente operário, eu sou o correspondente operário", disse, informalmente, fora das câmeras.
Ele conta que participou de outros processos de escolha das pessoas que comporiam a lista das pessoas mais influentes, mas não na edição em que Lula foi escolhido.
A entrevista com Downie faz parte de uma série com correspondentes de jornais e revistas estrangeiros. Este blog já ouvira Jonathan Wheatley, do "Financial Times", Paulo Prada, do "Wall Street Journal", e Eleonora Gosman, do "Clarín".