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Antes ileso ao conflito, agora petróleo dos EUA também sobe

Preço da mercadoria texana vinha caindo apesar da crise no mundo árabe

Por Carla Miranda
Atualização:

Dias atrás, o preço do petróleo negociado nos Estados Unidos (o WTI - West Texas Intermediate) parecia estar ileso aos conflitos no norte da África, segundo uma análise publicada no site "The Street", especializado no mercado financeiro. Hoje, nem tanto.

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Enquanto o petróleo Brent, comercializado em Londres, subia sem parar nos últimos dias (e continua subindo), a mercadoria negociada nos EUA estava ficando mais barata, surgindo um "descolamento inédito" nos dois mercados internacionais de petróleo, disse o autor do artigo, Jeffrey Kleintop, vice-presidente da LPL Financial.

A mais recente minuta do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) dizia que as expectativas para a inflação em longo prazo permaneceriam no mesmo patamar. Se o BC norte-americano não espera inflação maior, significa que há pouca expectativa para alta no preço do combustível, na opinião de Kleintop.

O autor dá três argumentos que explicam a queda no petróleo texano: os estoques nos EUA estão altos, a demanda tem crescido pouco e o fornecimento está em um nível bom, com importações do petróleo canadense.

Para a alta do petróleo londrino, o analista cita também três motivos: questões geopolíticas (conflitos que podem afetar a produção e o transporte do petróleo oriundo do mundo árabe), queda da produção no Mar do Norte e alta demanda nos mercados emergentes da Ásia.

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A análise mereceria aplausos se não tivesse sido publicada na hora errada. O petróleo WTI subia 2% por volta do meio-dia e meia (de Brasília), minutos depois que o artigo saiu no site. O Brent aumentava um pouco mais, 3%, no mesmo horário.

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