Sindicalistas alinhados com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, vão pedir ao governo para usar outra forma de medição de inflação, que não a atual, para negociar o reajuste do salário mínimo, informa o jornal La Nación.
É mais um sinal de que nem mesmo os aliados do governo confiam nas estatística oficial.
Membros da CGT (Confederación General del Trabajo) e da CTA (Central de Trabajadores de la Argentina) mais próximos do governo pedirão ao Ministério do Trabalho um aumento entre 20% e 25%, segundo o jornal, o que levaria o salário mínimo dos atuais 2,3 mil pesos (R$ 1 mil) para um valor entre 2,8 mil e 3 mil pesos (R$ 1,2 mil a R$ 1,3 mil).
Segundo o Indec, o escritório de estatísticas do governo, a inflação acumulada na Grande Buenos Aires de agosto de 2011 a julho deste ano foi de 9%.
Os índices oficias de inflação na Argentina são questionados desde que o secretário do Comércio Interior, Guillermo Moreno, alterou a metodologia de cálculo, em 2007. No ano passado, o governo multou consultorias que divulgaram levantamento de preços, com base na lei que impede a difusão de informações que possa confundir o consumidor. A ação gerou ainda mais desconfiança ante o dado oficial.