Foto do(a) blog

Notícia e análise, sem fronteiras

Standard Poor's ameaça baixar títulos dos EUA para 'D'

Agência diz que essa seria a nota americana em caso de moratória

PUBLICIDADE

Por Carla Miranda
Atualização:

A Standard & Poor's, agência que classifica o risco de devedores não honrarem seus compromissos, vai rebaixar o "rating" (nota atribuída a papéis) de títulos dos Estados Unidos para "D" caso a dívida que vence no dia 4 de agosto não seja paga, disse à agência Reuters o diretor John Chambers, que preside o comitê da S&P sobre dívidas soberanas.

PUBLICIDADE

Os títulos em questão somam US$ 30 bilhões. Essa dívida corre o risco de não ser paga dentro do prazo se os parlamentares americanos não chegarem a tempo a um acordo para aumentar o limite de endividamento dos EUA.

Caso ocorra uma moratória desses títulos, mesmo por um breve período, a nota de crédito de outros papéis emitidos pelo Tesouro dos EUA também será rebaixada, mas não tão intensamente, disse Chambers.

Com isso, o custo dos EUA de tomar dinheiro emprestado imediatamente aumentaria, o que prejudicaria mais a recuperação da já fragilizada economia americana e colocaria em xeque o status do dólar como moeda de reserva internacional, afirmou a Reuters.

No entanto, Chambers considera que o risco de essa dívida não ser paga no dia 4 de agosto é "extremamente baixo". Nos últimos 50 anos, os EUA viveram situações parecidas mais de 70 vezes, em que o aumento do limite de endividamento é aprovado na última hora e a dívida é paga.

Publicidade

Para a Standard & Poor's, mais preocupante do que esses títulos que estão para vencer é a condução da dívida no longo prazo. O país precisa reduzir o déficit nas suas contas públicas nos próximos dois anos, sendo que em 2012 haverá eleição presidencial.

Antes da S&P, a agência Moody's já havia afirmado, no dia 2 de junho, que iria rebaixar a nota dos EUA no caso de um atraso no pagamento. Mas o corte prometido pela Moody's não seria tão intenso.

Leia a reportagem no site da agência Reuters (em inglês)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.