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Entre os bairros mais 'áridos', a líder Sé destoa com valores mais elevados no mercado

Área conta apenas uma árvore a cada 100 m de via; para especialistas, degradação desestimula o replantio no local

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Atualização:

FOTO: JOSE PATRICIO/ESTADÃO  

Jéssica Díez Corrêa, especial para O Estado

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Ao contrário das áreas com mais natureza e maior valorização, os bairros com menos arborização de São Paulo, estão, na maioria, em zonas periféricas. Apesar do senso comum fazer crer que essas regiões estão mais próximas de áreas não urbanas e, consequentemente, deveriam ser mais arborizadas, o proprietário da Axpe Imóveis Especiais, José Eduardo Cazarin, afirma que a premissa não é verdadeira. "Esses lugares crescem sem planejamento urbano e não há locais delimitados para as áreas verdes."

Ainda assim, segundo levantamento do Grupo Zap, o menor índice de arborização está na zona central: na Sé, há uma árvore a cada 100 metros de via. Segundo os especialistas, a degradação e falta de segurança no local desestimulam o plantio na região.

Na sequência estão os periféricos Socorro e Jardim Ângela, cada um com duas árvores. Brasilândia (duas árvores), Grajaú (duas árvores), Jaçanã (duas árvores), Itaim Paulista (três árvores), Brás (três árvores), Tucuruvi (três árvores) e Cidade Tiradentes (três árvores) fecham a lista.

Relacionando a quantidade de áreas verdes com o mercado imobiliário, as regiões menos arborizadas também costumam ser menos valorizadas. Cidade Tiradentes (R$ 3.995,00) e Itaim Paulista (R$ 3.982,00) são os bairros com metro quadrado mais barato e fazem parte do top 10 daqueles com menos verde. A Sé, por estar localizada na região central, tem metro quadrado avaliado em R$7.165,00.

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O arquiteto e urbanista Leonardo Junqueira lembra que, além da arborização, localização, mobilidade e segurança também são critérios importantes na determinação do preço do metro quadrado. "A massa verde influi bastante, mas não é fator exclusivo."

A contagem de árvores realizada pelo Grupo Zap abrangeu os dois lados das calçadas e praças nas vias locais, desconsiderando as árvores localizadas em empreendimentos ou parques. O levantamento levou em conta 111 zonas de valor - termo usado para se referir às visões estendidas do bairro e seu entorno.

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