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O blog do Caderno de Imóveis

Estoque de apartamentos novos em Alphaville é de 2.840 unidades

35% dos imóveis custam de R$ 400 mil a R$ 699 mil, segundo entidade local, que aponta preço médio de R$ 6,8 mil/m²

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Um dos primeiros bairros planejados do País, Alphaville sempre foi sinônimo de qualidade de vida. A pouco mais de 30 quilômetros da cidade de São Paulo, tornou-se também uma opção mais atraente aos preços praticados na capital: R$ 6,8 mil em média o metro quadrado, enquanto em São Paulo é R$ 9,4 mil.

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A região - que pertence às cidades de Santana de Parnaíba e Barueri - tem 2.840 unidades novas em estoque, de acordo com levantamento da Associação da Indústria Imobiliária de Alphaville, Tamboré e Região (Aiat). Desse total, 35% são imóveis de R$ 400 mil a R$ 699 mil.

Presidente da Aiat e da MPD Engenharia, Mauro Dottori cita a infraestrutura viária, o fácil acesso, a proximidade com a capital e a segurança como principais atrativos da região, especialmente para a crescente população flutuante - cerca de 400 mil pessoas que trabalham na região, mas residem na região metropolitana. "Além disso, o ambiente de negócios favorável contribuiu para que a região não sentisse os efeitos da crise de forma muito acentuada", argumenta o executivo.

( Foto: Tiago Queiroz/Estadão)

Opinião semelhante tem o diretor regional de Alphaville/Tamboré da Fernandez Mera, Marcelo Cardoso. "Os números em Alphaville e Tamboré neste ano estão melhores do que em 2015", afirma ele, calculando que a tendência é fechar 2016 com 20% a mais de valor geral de vendas (VGV). "Passamos a representar uma fatia maior da produção geral da Fernandez Mera", enfatiza. "Isso mostra a força da região em relação ao mercado de São Paulo."

Efeito ou não da mudança de governo, a verdade é que os clientes ficaram mais acessíveis. Cardoso chega a dizer que a palavra crise não circula mais nas mesas de atendimento dos estandes. "As ofertas estão surtindo mais efeito", diz. "A receptividade do comprador está muito melhor do que em 2015."

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Dos imóveis em estoque na região, a média é de R$ 6,8 mil/m², diz o presidente da Aiat. Por tipologia, varia de R$ 8.090 nos apartamentos de um dormitório a R$ 6.450/m² nos dois dormitórios. Três quartos custam R$ 6.770/m², diminuindo para R$ 6.550 no caso de quatro ou mais dormitórios. A região mais valorizada de Alphaville é a central, por R$ 7 mil o m².

A MPD Engenharia não fez lançamentos este ano. "Desenvolvemos projetos esperando o melhor momento econômico para lançar", afirma Dottori, sem revelar quantos imóveis a empresa possui em estoque.

Para incentivar as vendas, a MPD adotou o parcelamento da entrada - entre 25% e 30% do valor do imóvel - em 30 meses, como se fosse um aluguel, e o cliente já pode se mudar. "O saldo restante pode ser financiado com a construtora em prazo de 150 meses", argumenta o presidente da empresa. "A unidade já vem pronta e o custo de escritura fica por conta da MPD."

O anúncio do novo limite de financiamento pela Caixa - cujo valor passou de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões - trouxe alento, apontam os empreendedores. "Ajustamos as contas, diminuímos as equipes e adiamos lançamentos para nos alinharmos ao que o mercado prometia", afirma Paulo Sergio Godoy Santos Pinheiro, da Lopes. "Já fomos surpreendidos positivamente." Sua expectativa é de um novo cenário a partir de agora.

Segundo ele, existem 19 empreendimentos em Alphaville para serem desengavetados. "Tão logo a confiança volte e a economia dê sinais concretos de melhora, os empreendedores devem reiniciar os lançamentos", diz Pinheiro.

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(Por Patrícia Büll, especial para O Estado de S. Paulo)

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