Mas a pirataria do sul da China, justamente onde se concentram as fábricas dos produtos clonados, se sofisticou ainda mais e criou "Apple Stores" falsificadas, copiando o conceito, o design, as cores os produtos e os móveis das lojas exclusivas das famosas lojas oficiais da maçã presentes nos Estados Unidos e em países europeus.
Elas funcionam, obviamente, sem autorização da Apple, mas trazem o mesmo logo da maçã retroiluminado, em acrílico. Os produtos que vendem parecem da Apple - e alguns, pelas imagens, são mesmo iPads de verdade. Os cartazes são imitações realísticas. Os funcionários, também - até as camisetas e os crachás que eles usam são iguais às das Apple Stores verdadeiras.
Três dessas já operam em Kunming, no sul da China, cidade de 7 milhões de habitantes próxima das fronteiras com Vietnã, Laos, Myanmar e Butão. Foram descobertas e fotografadas, segundo o blog Gizmodo, por um grupo de norte-americanos que passeava pela região e mal acreditou no que viu. Até os funcionários, relata outro post do ifoAppleStore.com, acreditam estar mesmo trabalhando para a Apple. Uma norte-americana residente na China também fez um post sobre o assunto no blog Birdabroad.
Não são todos os países nos quais a Apple vende seus produtos oficialmente que têm lojas físicas da marca. O Brasil é um exemplo: há representantes e a loja online, mas não uma loja física própria da Apple. O próprio Steve Jobs, CEO da empresa, já atribuiu isso, no passado, à "política maluca de taxação dos produtos" (leia-se: impostos altíssimos) praticada no Brasil.
A própria China têm suas Apple Stores oficiais, em Pequim e Xangai.