Nem o computador da Maçã está a salvo dos vírus que afetam os PCs comuns. Tido como uma das máquinas em que problemas de segurança virtual são menos recorrentes, o Macintosh (ou apenas Mac) passou a também ser vítima de antivírus fraudulento nas últimas semanas. Exatamente como ocorre no Windows, ele afirma que o computador está infectado e que pode fazer uma limpeza, caso o programa seja comprado. E aí mora o perigo.
O "Financial Times" publicou na quinta-feira, 26, reportagem que gera reflexões sobre o tema. O diário londrino lembra que os falsos programas de segurança encontrados pelo usuário do Mac ao navegar pelo Safari -- como MacDefender, MacSecurity e MacProtector -- apresentam interfaces de aparência profissional e vêm sendo infiltrados em anúncios de sites de mídia e links fornecidos pelo Google.
O ataque é pior ainda para quem usa o Safari no modo padrão. Ele permite o download de arquivos "seguros" automaticamente, os quais depois de se instalarem na máquina pedem uma senha. "Se o usuário fornecer, o software começa a rodar quando a máquina é reiniciada, detectando falsas contaminações e pedindo pagamento", diz a matéria do FT.
A Apple, segundo a reportagem, reconheceu o problema na terça-feira, oferecendo um guia de remoção passo a passo em seu site. Mas o grupo que estaria por trás dos ataques teria reagido rapidamente com uma atualização do programa, que permitiria a instalação do falso MacGuard sem solicitar senha do usuário.
Como analisa o "Financial Times", a participação de 10% do computador da Apple no mercado o deixava de certa forma imune a crimes virtuais. Mas, "com a disparada das vendas de Macs, no entanto, isso está mudando". Segurança, agora, é prioridade número um para todos.