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Em julho, rentabilidade do papel de renda fixa está em queda

As taxas de remuneração dos papeis de renda fixa estão emagrecendo de junho para julho. Talvez, antecipando-se a uma eventual redução do juro básico da economia, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária na semana que vem, e ainda incentivado pela inflação comportada e em níveis próximos de zero, o mercado financeiro vem promovendo um corte também no tamanho do rendimento pago ao aplicador.

Por Regina Pitoscia
Atualização:

O buscador de investimentos Yubb (www.yubb.com.br) constatou essa queda comparando o que era oferecido no mês passado e a remuneração atual dos Certificados de Depósito Bancário, em papeis disponíveis em sua plataforma. Nos CDBs de prazo de 12 meses a queda foi de 3,45% com a taxa média líquida, depois do desconto do imposto de renda, passando de 5,09% ao ano para 4,91%.

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Já nos CDBs de 24 meses, a queda foi de 2,09%, com os juros líquidos caindo de 5,87% para 5,74% ao ano. E nos de vencimento de 36 meses, o recuo foi de 1,87%, com a taxa líquida deslizando de 5,95% para 5,83% ao ano. E aqui estamos falando de taxa média, porque na máxima era possível encontrar um CDB pagando uma remuneração final de 7,42% ao ano, no mês de junho.

Se o retorno dos papeis já não estava lá essas coisas com a Selic a 6,50% ao ano, agora corre o risco de encolher ainda mais, caso o Copom decida por nova redução da taxa, como é a grande aposta do mercado. Por isso, encontrar as melhores opções em renda fixa tornou-se tarefa com maior relevância para empregar bem o dinheiro.

Ainda assim, o aplicador que é totalmente avesso ao risco e se recusa a sair das águas calmas da renda fixa precisa saber que o cerco está se fechando, e cada vez mais esses papeis vão ter seu rendimento nivelado por baixo e próximo do da caderneta de poupança.

No levantamento semanal realizado pelo Yubb essa tendência fica mais clara: a remuneração dos papeis ainda estão acima dos 4,55% ao ano proporcionados pela poupança, mas note que nesses CDBs será preciso ficar com o dinheiro empregado por um ano em troca de um rendimento maior, enquanto na caderneta a possibilidade de resgate é mensal, sem perda de remuneração. Quer dizer, até que ponto vai compensar abrir mão da liquidez por uma rentabilidade pouca coisa mais alta.

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CDBs mais rentáveis - prazo 1 ano

Emissor  Plataforma       Rend.líq a.a.       Valor mínimo 

Máxima                     Nova Futura        5,04%  1 mil

Máxima                     Ourinvest             5,01% 1 mil

C6Bank                      Guide                    4,95%  5 mil

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Semear                      Ourinvest             4,95% 1 mil

C6Bank                        Daycoval               4,95%  5 mil

Arbi                              Terra                      4,95%  5 mil

NBC                              Nova Futura         4,90% 3 mil

Topázio                      BTG Pactual         4,86%  1 mil

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Máxima                     Ourinvest              4,85% 1 mil

Pine                              Nova Futura           4,82%  5 mil

Fonte: Yubb

Se o investidor sabe que tem condições para ficar com o dinheiro aplicado por um prazo maior esses papeis que rendem mais do que a caderneta passam a ser interessantes. Mas lembrando que um rendimento diferenciado, mais do que nunca, vai exigir do investidor assumir algum grau de risco, seja nos fundos multimercados, em ações, em fundos de ações, fundos imobiliários, entre outros.

O buscador Yubb além dos papeis de renda fixa ajuda o investidor a ter uma boa noção do que vem pagando também os fundos de investimentos, seja de renda fixa ou renda variável, como os multimercados.

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Na renda fixa, ao informar o valor que vai aplicar e pelo tempo que quer aplicar, o interessado tem de forma bem objetiva os principais dados do papel, sua rentabilidade bruta, rentabilidade líquida e sua equivalência em relação ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que tem uma das taxas mais altas do mercado, em níveis bem próximos da Selic. Há outro indicador interessante, o de risco da aplicação que para esses papeis de renda fixa é bem baixo.

Para o investidor tradicional, acostumado a comprar papeis dos grandes bancos, pode haver receio em colocar seus recursos em títulos emitidos por instituições menos conhecidas. Vale dizer que há garantias para aplicações de até R$ 250 mil para cada aplicador em cada instituição financeira. As próprias instituições contribuem mensalmente com um determinado valor para o Fundo Garantidor de Crédito, o FGC, que devolverá o valor da aplicação ao investidor em caso de quebra da instituição que emitiu o papel.

Há ainda um outro fator a ser avaliado pelo aplicador: a plataforma digital responsável pela operação que é feita inteiramente pela internet. São essas plataformas que costumam apresentar as melhores ofertas. Estão sujeitas a normas do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários, a qual mantém um canal direto com o investidor que quer informações sobre essas empresas.

Se essa plataforma aderiu ao Código de Melhores Práticas na Administração de Recursos de Terceiros da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) é um bom sinal, o de que se comprometeu a seguir normas rígidas de mercado nas operações.

Além de receber da distribuidora comprovantes e nota fiscal da aplicação, também no site da Cetip Certifica (www.cetip.com.br/cetipcertifica), o aplicador pode checar se seu dinheiro está devidamente empregado no título escolhido. Pelo número do CPF ele identifica o tipo e a quantidade de títulos em seu nome.

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