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Cuide das finanças pessoais

Fintech Jeitto vai oferecer novas funcionalidades em seu aplicativo

Pela atuação de algumas fintechs, plataformas de tecnologia que oferecem produtos e serviços financeiros, o consumidor pode até abrir mão de ter conta corrente em banco para fazer pagamentos e toda a movimentação de seu dinheiro. A fintech Jeitto iniciou suas atividades oferecendo empréstimos mínimos de R$ 25 a R$ 150, o que pode ser chamado de microcrédito pessoal, e em breve vai facilitar a vida dos usuários para pagamento de despesas em lojas.

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Por Regina Pitoscia
Atualização:

Os microfinanciamentos têm como objetivo permitir que seus clientes fechem o mês, sem ter de recorrer a empréstimos tradicionais com a cobrança de juros. No caso, o interessado paga uma única tarifa que pode variar de R$ 3 a R$ 8, conforme o valor do empréstimo, o que barateia e facilita o pagamento do compromisso.

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O valor emprestado mais a tarifa devem ser pagos integralmente no mês seguinte em data previamente acertada, como funciona uma fatura do cartão de crédito. Só que sem juros. Pelas estatísticas, o valor médio emprestado é de R$ 90. A partir do momento que o cliente cria um vínculo com a empresa, mostrando sua capacidade de pagamento, os valores concedidos podem subir até a R$ 500.

A contratação desse tipo de operação é bastante simples: o usuário baixa o aplicativo, disponível na apple store e google play, informa somente o CPF e o número de celular, e o crédito pode ser aprovado em dois minutos. Não há liberação de dinheiro vivo, o cliente vai usando o crédito para pagar seus compromissos, uma conta de água, conta de luz, boleto, uma corrida de Uber, um serviço da Netflix, recarga de celular. Ou ainda para pagar compras pela internet, quando o limite sobe para R$ 300.

"Nossa ideia foi a de mudar a experiência das pessoas ao levantar um empréstimo, realizando a operação de forma descomplicada e oferecendo um crédito justo", afirma Fernando Silva, um dos diretores e fundadores da Jeitto. "Entendemos que as pessoas que recorrem a esse tipo de financiamento são vulneráveis financeiramente, podem estar negativados, às vezes terão condições de pagar em dia, às vezes, não."

Mas foi pelo uso da tecnologia e inteligência artificial e acesso aos dados de hábitos de consumo por meio do número do celular que a empresa foi analisando e entendendo o comportamento de seus clientes. "Ao ter um estudo no longo prazo, percebemos que o cliente pode atrasar um ou dois meses, mas ele acaba pagando. Nosso nível de inadimplência está em torno de 12%."

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O diretor faz questão de ressaltar que a proposta é "estabelecer uma relação de crédito com qualidade. Conceder valores que estejam dentro das possibilidades do cliente, sem pesar no seu orçamento, sem levá-lo ao superendividamento. Existem atualmente algo em torno de 30 milhões de brasileiros superendividados (sem condição nenhuma de honrar com seus compromissos).

Na opinião de Silva, a questão das dívidas é uma roda que se autoalimenta: "A pessoa perde o controle das finanças por algo imprevisto ou por ter gastado mais do que podia. Vai ao mercado, é obrigado a emprestar mais do que precisava e a taxas altas". Para ele, as instituições financeiras deveriam ser mais responsáveis ao definir a quem e quanto emprestar.

Atualmente, a fintech tem uma carteira com 120 mil contas e espera chegar ao fim deste ano com o nível de 500 mil. Espaço existe para crescer, afinal, segundo o diretor, há um público de 50 milhões de brasileiros sem acesso ao sistema tradicional de crédito.

Duas novidades

Dentro de dois meses, a Jeitto vai  oferecer outra funcionalidade dentro do seu aplicativo que vai viabilizar o pagamento de despesas em pontos físicos de venda, como supermercados, farmácias e outros estabelecimentos comerciais. Será pela leitura de códigos QR Code, na câmera do celular. É mais uma conveniência a esses consumidores desbancarizados, muitas vezes rejeitados pelos bancos tradicionais pelo seu perfil econômico.

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O outro projeto que deverá ser implementado nesse mesmo período é o de conceder crédito de valores mais elevados, de até R$ 1 mil, para ser pago entre 12 e 18 meses, a quem já é cliente da base.

"Quero oferecer a ele as melhores condições de mercado, com taxas 20% menores do que as de mercado", relata Silva. "Eu já sei qual é a renda dele, a forma como consome, já venho ajudando no equilíbrio de suas finanças e vou contribuir para que ele consiga algo maior, como a reforma da sua casa, por exemplo. Quero que ele fique comigo." A forma de concessão será a mesma, pelo aplicativo da Jeitto.

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