A diferença de rentabilidade existe, mas, com a taxa básica nesses níveis baixos, ela é hoje quase residual. A distância entre a rentabilidade de um título isento de imposto e de outro tributado é praticamente inexistente, já que o desempenho na renda fixa ficou meio padronizado pelos cortes na Selic.
Dentre as principais opções de investimento que contam com esse benefício fiscal estão a LCI (Letra de Crédito Imobiliário), a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), além das debêntures incentivadas, também conhecidas como debêntures de infraestrutura, emitidas por empresas que atuam nesse setor da economia.
Mas há outros pontos também a considerar. O Como Investir, site de finanças da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) sobre investimentos e finanças pessoais, ressalta que a isenção de imposto não deve ser o único critério considerado na escolha do investimento.
É preciso avaliar também os demais atrativos que a opção oferece e ainda outros pontos, como, por exemplo, se a escolha está de acordo com os objetivos e o perfil do investidor, explica Ana Leoni, superintendente de Educação da Anbima.
De acordo com ela, a análise do perfil do investidor antes de aplicar é essencial para a escolha de qualquer produto, lembrando que há investidores com maior apetite ao risco e outros com total intolerância a perdas. Existem os que preferem a segurança da renda fixa e outros que gostam de arriscar um pouco no mercado de ações, comenta Ana.
A escolha é livre, importante é que esteja adequada ao perfil de cada um, destaca. Se houver dúvidas na identificação, o investidor pode recorrer à ajuda de corretoras, plataformas de investimento e instituições financeiras. A aplicação de um questionário chamado API (Análise de Perfil do Investidor) revelará se o aplicador tem um perfil mais conservador, moderado ou arrojado, explica.
É preciso considerar ainda o objetivo pretendido com os recursos que serão aplicados, para tentar casar o vencimento da aplicação, portanto do resgate do dinheiro, com a data prevista para o uso dos recursos. O prazo, lembra Ana, está diretamente ligado à liquidez, a capacidade e a velocidade de converter o dinheiro aplicado em reserva na conta corrente. Nesse sentido, é importante estar atento aos períodos de carência, aqueles que devem ser seguido para que o dinheiro possa ser resgatado com o rendimento obtido no período.
Por fim, a superintendente de Educação da Anbima alerta que os investimentos isentos de imposto devem ser comparados sempre com outros títulos e opções do mercado que não oferecem benefício fiscal, porque nem sempre os isentos rendem mais.
Mais rentáveis
Para conseguir uma remuneração mais atraente na renda fixa, que seja capaz de cobrir as perdas para inflação e ainda proporcionar um ganho real, é preciso estar disposto a aplicar por prazos mais dilatados.
Na pesquisa feita pelo buscador de investimentos Yubb (www.yubb.com.br), os títulos de renda fixa mais rentáveis para o período de 5 anos foram os seguintes:
Emissor/tipo Distribuidor Rendimento* Valor mínimo R$
Avista Fin./RDB Avista Finan. 8,08% 1 mil
Avista Fin./LC Avista Finan. 7,96% 1 mil
Bco Máxima/CDB Guide Inv. 7,66% 10 mil
Agibank/CDB Ourinvest 7,57% 1 mil
Luso Brasil./CDB BTG Pactual Dg 7,39% 10 mil
Omni Bco/RDB PoupaBrasil 7,36% 1 mil
Omni Bco/CDB BTG Pactual Dg 7,36% 5 mil
Luso Brasil/CDB Guide Inv. 7,33% 10 mil
Bco Pine/CDB BTG Pactual Dg 7,30% 5 mil
Renner/CDB BTG Pactual Dg 7,24% 10 mil
Fonte: Yubb
(*) Rendimento líquido ao ano