(Malena Oliveira)
Steven e Gloriana Nelms são pais do pequeno Ezra, de 2 anos, e moram no Texas, nos Estados Unidos. Quando souberam da gravidez, o escritor e sua esposa decidiram que ela deixaria de trabalhar para cuidar do bebê, uma vez que a renda do casal não lhes permitia pagar uma babá.
Calculando sobre quanto gastaria caso tivesse que contratar os serviços, Steven chegou à conclusão de que sua esposa deveria ganhar cerca de US$ 73 mil por ano (fazendo uma conversão simples, cerca de R$ 225 mil por ano ou R$ 18,75 mil por mês).
O escritor não revelou sua renda anual, mas afirmou, em seu blog, que se enquadra na categoria que ganha entre US$ 13 mil e US$ 50 mil por ano.
"Não quero, de modo nenhum, simplificar ou desvalorizar o amor de uma mãe por seu filho. Mas sejamos realistas: sermos pagos pelo que fazemos nos faz sentir bem, porque vemos que nosso trabalho é apreciado de uma maneira tangível", escreveu Steven.
Para chegar ao salário que sua esposa deveria receber, o escritor começou por pesquisar o ganho médio de uma babá em sua região: em tempo integral, US$ 705 por semana ou US$ 36,7 mil por ano.
Ao cálculo inicial, ele acrescentou serviços de limpeza (US$ 50 ou US$ 100 por visita semanal, dependendo do "grau de limpeza" desejado), compras (US$ 65 por hora, quatro horas por semana), cozinha (US$ 240 por semana) e lavanderia (US$ 25 por semana).
Steven também quis "demonstrar seu apreço pelo trabalho de Glory", como declarou a uma rede de TV americana, e incluiu nas contas seus serviços como assistente pessoal em assuntos relacionados a seu trabalho (US$ 75 por hora). "Eu, literalmente, não posso pagar pelo trabalho de minha esposa", concluiu.
Glory, que começou a trabalhar aos 14 anos, disse à ABC News: "É difícil ficar em casa, não somente pela carga de trabalho, mas por tudo o que vem com perder o contracheque, perder o emprego, perder a conexão com as pessoas à sua volta."
O raciocínio, descrito no blog de Steven, ganhou repercussão na mídia local e viralizou na internet no início da semana.