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Um quarto do ano já foi

Por Denise Juliani
Atualização:

Acabou o primeiro trimestre, um quarto do ano já se foi. Quem no final do ano passado colocou entre suas resoluções para 2012 a intenção de guardar dinheiro, e cumpriu com o prometido, já tem massa crítica para realizar um balanço.

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No ranking dos investimentos financeiros dos três primeiros meses do ano, a liderança ficou com a Bolsa de Valores, que registrou alta de 13,67%. Superou com larga vantagem os outros ativos. Mas vale lembrar que a melhora no humor do mercado de ações no ano foi mais intensa em janeiro, fevereiro e até meados de março. A maior parte da alta acumulada no trimestre foi obtida nos dois primeiros meses do ano. Na segunda metade de março, contudo, a divulgação de indicadores da economia chinesa menos exuberantes do que projetavam os analistas reduziu o entusiasmo dos investidores.

Daqui para frente, na opinião de especialistas, vai ser preciso surgir algum fato novo bastante positivo para que o mercado de ações sustente o fôlego. Em março, com as notícias menos favoráveis, a Bolsa fechou em queda de 1,98%. Nos primeiros dias de abril, manteve a tendência de baixa, desanimada com indicadores ruins da economia americana e européia.

No ranking de rentabilidade do trimestre, o segundo posto ficou bem lá atrás: com 2,19% de ganho médio ficaram os fundos de renda fixa. Os fundos DI renderam 1,98% no período, em média. Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) para grandes investidores (aplicações acima de R$ 100 mil), deram retorno de 1,96% no trimestre.

Das aplicações destinadas aos pequenos investidores, a melhor opção no primeiro trimestre foi mesmo a caderneta de poupança, que rendeu 1,70%. Os fundos DI para este público deram, em média, 1,58%, o mesmo que os CDBs para aplicações a partir de R$ 5 mil. Fechando o ranking, o ouro subiu 0,74% no período e o dólar comercial caiu 2,25%.

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Os ganhos de março

Março foi bom para quem apostou no dólar, que fechou o mês em alta de 6,47%; na ponta extrema da tabela ficou a Bolsa, com queda de 1,98%. Os fundos de Renda Fixa deram 0,75% no mês, seguidos pelos fundos DI, com 0,67%. Os CDBs para grandes quantias rendeu 0,65% e a poupança, 0,61%. Os CDBs para pequenos investidores renderam 0,53%, igual aos fundos DI também para pequenos. O ouro caiu 0,31%.

Empresas

 Começa agora o período de divulgação dos balanços anuais das empresas de capital aberto (que têm ações negociadas na Bolsa). Os analistas fazem suas projeções sobre os lucros (ou prejuízos) de 2011. Quando a perspectiva é positiva, a tendência é que mais investidores comprem as ações, prevendo uma alta do preço quando o lucro for anunciado e de olho no pagamento de um bom dividendo (que é a distribuição do lucro entre os acionistas).

Quando sai o balanço, muitas vezes o papel acaba perdendo valor, mas nem sempre o motivo é o lucro ter ficado abaixo do que previam os analistas.  É que eles examinam outros dados além do lucro líquido (depois dos impostos). Informações sobre o lucro operacional, as receitas, as despesas, o endividamento e os investimentos são igualmente importantes. Com esses dados é possível prever o futuro da companhia e ver se vale a pena continuar com as ações. Os balanços são publicados em abril e este é um momento da grande agitação no mercado. A ver.

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Denise Juliani

publicado no Jornal da Tarde em 02/04/2012

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