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Poupar e gastar, duas lições importantes

Por Denise Juliani
Atualização:

 

Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) realizada nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal mostra que 71% dos brasileiros pretendem comprar presentes para o Dia das Crianças. Entre os 29% que não irão às compras, 35% disseram que não têm a quem presentear e 25% que estão sem dinheiro.

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O levantamento mostrou ainda que 80% dos consumidores brasileiros pretendem pagar o presente do Dia das Crianças à vista. O pagamento em dinheiro deve ser feito por 63% dos consumidores e 12% planejam usar o cartão de crédito em parcela única. O cartão de crédito parcelado deve corresponder a 16% e o cartão de débito, a 5%.

Entre os que vão presentear as crianças, 74% deixaram para fazer as compras em cima da hora. Ou seja, a grande maioria não se planejou. Este é um hábito muito forte entre os brasileiros, em parte, devido à falta de educação financeira na infância.

Aí chegamos ao ponto que queria abordar: porque não aproveitar a data para presenteá-las com algo que servirá para toda a vida? O Dia das Crianças, comemorado na próxima sexta-feira, 12 de outubro, é uma ótima oportunidade para tratar da educação financeira dos pequenos.

É claro que criança quer ganhar brinquedo - embora algumas, principalmente meninas maiorzinhas, já declarem preferência por roupas e acessórios. E nem estou dizendo para deixar isso de lado.

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Segundo os educadores financeiros, não há problema em presentear as crianças, mas pedem aos pais que prestem atenção na mensagem que estão passando e sua contribuição para a formação de seus filhos.

O ideal é evitar exageros: presentes caros deveriam ser reservados para o dia do aniversário, por exemplo. E nada de se endividar só para fazer o gosto da criança. Mais do que dar presentes e mimar, é tarefa dos pais e, na falta deles, dos responsáveis, preparar as crianças para a vida e as questões financeiras fazem parte do pacote.

É chato falar de dinheiro e do valor das coisas? Pode ser, mas deixar de abordar o assunto fará falta mais à frente.

Crianças a partir de três anos de idade já podem receber as primeiras lições sobre o mundo das finanças pessoais. E sempre de maneira simples e divertida, com jogos e brincadeiras.

A partir dos nove anos já é possível introduzir conceitos econômicos e ajudar o pequeno a definir seus planos de longo prazo: quanto guardar por mês, por exemplo, para comprar um bem de maior valor, ou gastar à vontade nas férias.

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As crianças precisam aprender desde cedo duas lições relacionadas ao dinheiro: é importante poupar e é importante gastar. Afinal, o propósito do dinheiro é ser usado. Quando, como e onde é seu dono quem decide.

Denise Juliani

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