De acordo com Paulo Pontes, executivo da consultoria em RH Michael Page, pelo menos cinco ou seis empresas espanholas procuram a área de busca de executivos da companhia querendo contratar profissionais para iniciar uma operação local. A intenção, muitas vezes, esbarra no salário. "Hoje, os salários no Brasil estão mesmo inflacionados. Para conseguir um bom executivo, é necessário pagar bem mais do que na Europa. Eles se surpreendem com os valores", diz ele.
Após o susto, afirma Pontes, a empresa tem três caminhos a seguir: se estiver em má condição financeira, acaba por desistir do investimento; o segundo (e, segundo ele, melhor) caminho é o investidor se adequar às normas do mercado e pagar o preço correto por um bom profissional; e a terceira saída é apostar em um profissional júnior, que terá a primeira chance de comandar um negócio (uma estratégia mais barata, mas que também embute riscos).