Empresas espanholas se assustam com salários no Brasil

Todos os dias nos noticiários sai uma nova má notícia sobre a economia espanhola. O país, que vive uma espécie de recessão crônica (o desemprego é o maior da Europa, na casa de 22%), tem a tradição de investir no mercado brasileiro. Gigantes nacionais como a Telefônica e o banco Santander são de origem espanhola. E a fila de investidores do país em busca de oportunidades no Brasil, um mercado em crescimento, só cresce.

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Por Fernando Scheller
Atualização:

De acordo com Paulo Pontes, executivo da consultoria em RH Michael Page, pelo menos cinco ou seis empresas espanholas procuram a área de busca de executivos da companhia querendo contratar profissionais para iniciar uma operação local. A intenção, muitas vezes, esbarra no salário. "Hoje, os salários no Brasil estão mesmo inflacionados. Para conseguir um bom executivo, é necessário pagar bem mais do que na Europa. Eles se surpreendem com os valores", diz ele.

Após o susto, afirma Pontes, a empresa tem três caminhos a seguir: se estiver em má condição financeira, acaba por desistir do investimento; o segundo (e, segundo ele, melhor) caminho é o investidor se adequar às normas do mercado e pagar o preço correto por um bom profissional; e a terceira saída é apostar em um profissional júnior, que terá a primeira chance de comandar um negócio (uma estratégia mais barata, mas que também embute riscos).

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