É simples assim: quem está em um setor que não cresce a passos largos ou já atingiu um ponto de saturação tem mais dificulades para negociar salários e benefícios. Quando o "boom" já passou, como é o caso da construção civil, as empresas se interessam menos pelas demandas dos funcionários. Já em segmentos em que o "pico" ainda está por vir, como o de óleo e gás, é mais fácil para o trabalhador ser ouvido.
Assim, no atual desenho da economia, há quem aproveite para pular de um setor para outro. O que não é muito difícil. De acordo com Cláudio Rosa Júnior, presidente da empresa de motos Kasinski, sua prioridade na hora de contratar está no perfil dos executivos, e não necessariamente na empresa anterior no mercado de motocicletas. Todos os executivos de alto escalão que a Kasisnki contratou ao longo deste ano vieram de outros setores, como bens de consumo e componentes automotivos.