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Erros que as lojas virtuais devem evitar para crescer

Não capturar dados dos clientes e não fazer análise e monitoramento estão entre eles

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Fábio Ricotta, consultor e fundador da Agência Mestre Foto: Estadão

O crescimento do mercado de lojas online tem como consequência o aumento na concorrência. E para se destacar entre tantos sites o lojista precisa evitar alguns erros. Especialista em marketing digital e CEO da Agência Mestre, Fabio Ricotta aponta quais são essas falhas.

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"O primeiro passo para ter uma loja online bem-sucedida é batizá-la com um nome e domínio criativo, fácil e claro. Quanto mais fácil e óbvio for o nome da loja, melhor será o resultado."

Ele diz que é um erro pensar que as vendas irão ocorrer de forma orgânica, sem a necessidade de anunciar. "Minha sugestão é de investir de 15% a 30% do faturamento em marketing digital, divididos entre estratégias de search engine optimization (SEO), para otimizar os mecanismos de busca, anúncios, entre outros".

Ricotta destaca a necessidade de oferecer um ambiente online agradável. "Assim como no shopping, o cliente compra mais quando o ambiente é bom e o atendimento eficiente. O site tem de ter visual agradável e ser de fácil navegação. Para isso, é preciso investir constantemente em melhorias", ressalta.

O consultor explica que é possível configurar gratuitamente a ferramenta Google Analytics para monitorar dados importantes do e-commerce. "Quem não faz isso está jogando dinheiro fora. É crucial analisar os números das compras realizadas, transações e receitas."

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Ricotta conta que existe uma maneira de inserir um código na página final do processo de compra, que deve ser colocado depois na seção de "E-commerce" disponível na ferramenta do Google.

"Com isso, vai ser possível mensurar o número de compras, analisar os produtos mais vendidos e as palavras-chave de entrada para cada produto comercializado, além de outros dados que vão ajudar no planejamento dos próximos produtos e no conteúdo da loja".

Cristiano Carignato, dono da Corpo Ideal Suplementos Foto: Estadão

Na prática. Dono da loja Corpo Ideal Suplementos, Cristiano Carignato conta que há dois anos vem trabalhando para manter a empresa na primeira página dos sites de busca. "Nosso objetivo é aumentar o número de acessos e tornar a marca mais conhecida", afirma.

Para atingir essa meta e aprimorar outros aspectos da loja virtual fundada em 2007, o empresário conta com a ajuda de um consultor. "Chegamos a ter punição do Google, porque o site tem muitos acessos e as pessoas copiavam o link. Essa ação provocou duplicidade de conteúdo e o Google achou que tínhamos liberado as cópias. Com o trabalho do consultor conseguimos tirar a punição. Depois, instalamos ferramenta que impede ação de copiar e colar o link."

O empresário diz que tem domínio sobre o nome Corpo Ideal Suplementos e também sobre a expressão Corpo Ideal. "Ter um bom nome ajuda na pontuação que obtemos nos sites de busca e nos ajuda a ocuparmos as primeiras posições."

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Carignato afirma que oferece tratamento especial aos seus clientes e dá cupons de descontos para fidelizá-los. "Por dois anos seguidos fomos eleitos pelo site 'Reclame aqui' como o melhor e-commerce de suplementos na categoria atendimento ao consumidor."

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Diretor de Marketing da Giuliana Flores, Juliano Souza conta que o trabalho de SEO representa uma fatia muito importante da exposição da marca. "Ele faz com que sejamos encontrados nos buscadores com os melhores posicionamentos, afinal, quem não é visto, não vende. A todo momento surgem novos concorrentes, por isso é importante estarmos bem ranqueados para conseguirmos vender."

No quesito concorrência, Ricotta diz que além de sites que vendem os mesmos produtos também é possível que haja um site oficial da marca. "Quanto mais único for o produto, melhor será para a loja, mas se não for possível, faça investimento em anúncios e SEO para que a loja se diferencie de qualquer outro e-commerce que venda a mesma coisa", sugere.

Juliano Souza, diretor de marketing da Giuliana Flores Foto: Estadão

Souza conta que investir em anúncio é outro cuidado que eles priorizam na Giuliana Flores. "Anunciamos e investimos em links patrocinados, em palavras-chave assertivas e também fazemos ações para efetuarmos vendas efetivas dos nossos produtos", afirma.

CEO da Agência Mestre, Fábio Ricotta afirma que para as lojas virtuais vencerem a concorrência e serem encontradas pelo público elas têm de conhecer os principais erros que impedem o crescimento de um e-commerce. "Não adquirir os contatos dos clientes é um deles", diz.

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Segundo ele, tanto no cadastro da loja quanto nas redes sociais e outros ambientes online, é possível coletar o e-mail e até o número do celular dos clientes. "Com isso, é possível criar uma lista de contatos e enviar informações, convites e ofertas", destaca. Ele conta que este processo é chamado 'aquisição de leads' e é considerado primordial para qualquer trabalho de marketing digital.

A fundadora da Francisca Joias, Sabrina Nunes, conta que possui programa para armazenar dados dos clientes. "Essas informações são importantes para que possamos manter contato com o cliente e informá-lo sobre novidades e promoções."

Ela afirma que causar uma boa experiência ao cliente sempre foi um dos princípios da marca. "Gostamos de proporcionar uma ótima experiência quando os clientes abrem a caixa com sua compra, tanto que criamos aroma exclusivo que exala da embalagem ao ser aberta. Queremos que as pessoas percebam nosso esforço para tornar o e-commerce humanizado." Ela afirma que esse pequeno cuidado repercute muito bem nas redes sociais.

A empresária conta que por meio do Google Analytics - ferramenta que permite acompanhar as visitas e conversões no site - e com a ajuda de um especialista, identifica quais são os produtos mais buscados. "A partir dessa informação trabalhamos melhor esses produtos dentro do site para que fiquem melhor colocados."

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Sabrina Nunes, dona da Francisca Joias Foto: Estadão

Sabrina diz que o fluxo do tráfego orgânico é complementado com a utilização do Google Ads e Face Ads (ferramentas que exibem anúncio da loja sempre que alguém procura por produtos que ela oferece. Esse tipo de anúncio só é pago quando o consumidor clica no anúncio ou liga para a empresa). A empresária conta que há dois meses reformulou o site. "Melhoramos o layout e a usabilidade em termos de rapidez e segurança. O ambiente não tem de ser só bonito e clean, tem de transmitir segurança."

Criatividade. Especialista em marketing digital, Ricotta lembra que não existem regras rígidas para o mundo online e que é preciso explorar a criatividade. "Dependendo do negócio, pode ser que uma rede social funcione melhor, ou alguns tipos de estratégias sejam mais bem-vindas que outras. Em muitos casos, o WhatsApp pode ser utilizado como ambiente para atendimento ao cliente", exemplifica.

Um cuidado recomendado por ele é a necessidade de se manter antenado em relação às mudanças tecnológicas. "O mundo digital muda rápido, por isso é preciso estar atento às novas redes sociais e tendências que surgem a todo momento."

Ricotta destaca que estudar assuntos como SEO, copywriting (arte de escrever e criar conteúdos com o intuito de promover e vender produtos), marketing inbound (desenvolvimento de conteúdo relevante aos clientes e que ajuda a converter vendas) e outros termos típicos do mundo digital é a melhor forma de se manter atualizado. "Saber o que o público quer e estudar sempre faz com que o cliente se fidelize", afirma.

Felipe Dias, gerente de e-commerce e redes sociais da SJO Artigos Religiosos Foto: Estadão

O gerente de e-commerce e redes sociais da SJO Artigos Religiosos, Felipe Dias, diz que utiliza sistema de marketing online que realiza campanhas de forma automática segmentando o público de acordo com o produto de interesse. "É muito importante ter um ambiente online agradável. Sem uma plataforma intuitiva que organiza os produtos por categoria, qualquer outra realização fica prejudicada e perdemos dinheiro." Dias afirma que os lojistas devem evitar relação burocrática com os clientes e conquistá-los pelo encantamento da venda online.

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