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O suporte que faz a diferença. E fortalece

Mais do que apenas vender seus produtos e serviços, empresas oferecem ajuda a clientes para torná-los fiéis à marca e ganhar mercado

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SAO PAULO O CEO e fundador da JoyPay, Fernando Castro. Foto: João Roberto Azambuja/ JoyPay

Ana Katia /Especial para o Estado

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Há 14 meses atuando em um mercado dominado por poucas e grandes empresas, o de aluguel de maquininhas de pagamento por crédito e débito, Fernando Castro, CEO da Joy Pay, atribui o fato de estar abrindo caminho nesse segmento à consultoria que dá para os estabelecimentos credenciados pela empresa. Isso permite, segundo ele, que a empresa cresça 10% ao mês. "Nosso poder de fogo competitivo, nossa inovação, é muito mais na parte de serviços e venda do que na tecnologia", diz. "É ensinar o cliente a descobrir o custo que ele está tendo na operação, a expandir a operação dele de forma correta. Eu não vendo a máquina e sumo. Optamos por uma relação de longo prazo." A empresa cobra aluguel pela uso das máquinas.

Assim como a Joy Pay, muitos empreendedores oferecem serviços extras para se diferenciar e ganhar posições no mercado. Castro diz ter identificado que um dos maiores problemas das empresas facilitadoras de pagamento, que estão em cinco milhões de estabelecimentos no País, estava no pós-atendimento. "Investimos em um portal confiável, simples, para dar clareza para o cliente. O estabelecimento comercial tem de enxergar o que foi transacionado. Muita gente não sabe o que vendeu", afirma.

Para o professor do curso de pós-graduação em Gestão Estratégica da Inovação e Competitividade da FAAP José Sarkis Arakelian, num mercado em transformação, quando o consumidor não percebe diferença entre os serviços dos diversos fornecedores, ele se volta ao mais barato.

"Criar pontos de relevância faz com que o cliente passe a valorizar sua marca e o relacionamento que tem com você, de uma maneira que ele não vai troque sua empresa por qualquer desconto que o concorrente ofereça", afirma. "Empresas precisam criar relacionamento. Muitas dessas marcas oferecem esses serviços para solidificar o relacionamento, para que o cliente perceba valor nesse fornecedor. É a 'descomoditização' dos serviços."

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Castro cita também o problema das máquinas quebradas. "As minhas também quebram. Elas têm players envolvidos, mas fazemos um atendimento presencial que procura solucionar o problema rapidamente."

Segundo o Castro, a atitude vem dando certo desde a primeira transação. A Joy Pay já trocou de sede, contratou profissionais e hoje tem 1,5 mil clientes, cerca de 2 mil maquinas em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e no Rio Grande do Norte, e está entrando em dois outros Estados. "A consultoria ajuda a evitar a saída do cliente. Hoje, o brasileiro procura saber sobre a empresa antes de contratá-la."

O fundador da Elo7, Carlos Curioni. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Criada há dez anos, a Elo7 é uma plataforma de e-commerce para artesãos, designers e estilistas que a utilizam para vender diretamente ao consumidor final produtos autorais, segundo o CEO da empresa, Carlos Curioni. Mas além de oferecer um "shopping virtual" para esse público, a empresa ajuda seus clientes, oferecendo gratuitamente para eles conteúdos sobre gestão de planejamento e financeira, precificação e estratégia de marca, além de promover encontros em todo o País.

A plataforma abriga 90 mil artesãos, sendo 90% deles mulheres, e cinco milhões de produtos cadastrados, muitos deles feitos sob encomenda. No ano passado, a Elo7 teve 30 milhões de acessos por mês, movimentou R$ 550 milhões com tíquete médio de R$ 100. Os vendedores que utilizam o market place estão espalhados por 3,5 mil cidades do Brasil, e pagam à plataforma comissão de 12% sobre as vendas, no plano básico, e 18% no plano que inclui anúncio para dar mais exposição à loja.

"Os vendedores se intitulam artesãos, mas são empreendedores e demora um pouco para cair essa ficha", diz Curioni. "Aprendi que, para empreender em qualquer área, precisamos de soluções. A plataforma me auxilia com atendimento ao cliente, elaboração do portfólio, prazos, planilhas, nas informações da parte financeira do negócio, enfim, várias soluções", afirma a dona de uma loja de produtos de crochê abrigada na plataforma, Roberta Fortunato, de Campos de Goytacazes (RJ).

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"Quando eu vendia apenas pelas redes sociais, eu perdia muito tempo atendendo as dúvidas dos clientes. O tempo que eu levava 'trabalhando o cliente' poderia ser empregado na execução das encomendas já fechadas. Isso dificultava e restringia muito a minha capacidade de produção", conta.

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Segundo Roberta, com o tempo, ela foi perdendo vendas, pois se desdobrava para atender cliente, que muitas vezes não fechava o negócio. "Percebi que precisava de uma plataforma de vendas para direcionar os clientes que estavam em busca de informações, e assim otimizar meu tempo apenas para a produção. Os pedidos aumentaram, pude organizar a minha agenda e planilhas e atender melhor. Aumentei em quatro vezes as vendas do mês."

Com seis anos atuando como um 'banco de freelancers, a Workana tem e 40 mil empresas e 1 milhão desses trabalhadores cadastrados e mil projetos postados. A proposta da empresa é eliminar barreiras geográficas ao reunir profissionais e companhias de diferentes partes do Brasil e América Latina para qualquer trabalho que consiga ser feito de um computador e ser entregue pela internet.

Guillermo Bracciaforte, fundador da Workana. Foto: Eduardo Bermudez

A plataforma é outra empresa que enxerga nos serviços extras uma forma de fazer diferença. Guillermo Bracciaforte, cofundador, conta que desenvolveu uma ferramenta gratuita, a Calculadora, que permite aos profissionais calcularem o quanto devem cobrar por projeto. Também fez campanha para ajudar os freelancers a saírem da informalidade. "Só cobramos se o projeto é bem-sucedido. O dinheiro fica com a Workana até que o projeto seja concluído, o que é bom para o freelancer e o contratante", defende Bracciaforte.

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