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Setor pet segue em alta e tem espaço para serviços

Creche para cães, comida natural e book de fotos são exemplos de negócios do segmento

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 Foto: Estadão

Cris Olivette A administradora Luciana Praxedes percebeu uma oportunidade de negócio quando deixou seu cachorro aos cuidados de um pet shop, enquanto fazia uma viagem. "Na volta, cinco dias depois, ele estava com uma infecção no pescoço." Depois disso, ela procurou opções de hospedagem para cães na capital paulista e descobriu que não havia nenhum serviço especializado.

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"Como eu não estava 100% satisfeita em meu trabalho, e já pensava em abrir um negócio, resolvi investir nisso." O Planet Dog Resort foi fundado em 2010, em uma área de 1,5 mil m², no Brooklin. O investimento de R$ 500 mil, segundo ela, foi recuperado em dois anos. "Vale lembrar que esse é o maior hotel para cães da cidade, localizado em uma área nobre. Então, nem todos terão de investir tanto", comenta. 

Ela conta que o negócio é especializado em hospedagem e creche para cachorros. "Conseguimos excelência no serviço. Hoje, tenho 14 funcionários fixos e dois deles moram no local." Segundo ela, a creche recebe cerca de 70 cães por dia. "Temos pacotes de uma, até seis vezes por semana, este último sai por R$ 680 mensais. Já a diária avulsa custa R$ 50. Nosso recorde foi no último réveillon, quando hospedamos 170 animais."

A partir do meio do ano, o Planet Dog terá esteira aquática, instalada em um tanque com água aquecida para exercícios ou fisioterapia. Luciana acredita que o mercado pet está em pleno crescimento. "Acho que há espaço, principalmente para serviços exclusivos e personalizados, desde que tenham qualidade. Nosso negócio tem crescido entre 15% e 20% ao ano." De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2013, o setor faturou no País R$ 15,2 bilhões. Um aumento de 7,3% frente aos R$ 14,2 bilhões de 2012.

O consultor do Sebrae-SP para o setor pet, Ricardo Borgheresi Calil, diz que o mercado segue em ascensão. "Há três anos o Brasil ocupa o segundo lugar no mercado mundial, respondendo por 8% da fatia. Enquanto o PIB nacional cresce pouco mais de 2% ao ano, temos um setor que cresceu 7% de 2012 para 2013. É um mercado com muitas oportunidades."

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Outra família que criou um negócio inspirada por seus bichinhos de estimação foi a de Roberta Camara e Jörgen Dehlbom, que fundaram uma fábrica de comida natural para cachorros, a Pet Delícia.

 Foto: Estadão

"Temos dois cachorros franceses que estavam acostumados a comer alimentação natural. Quando os trouxemos para o Brasil, eles não comiam nenhum tipo de ração. E mesmo nosso pastor alemão ficava dias sem comer. Então, começamos a cozinhar para eles e deu supercerto", diz Roberta.

A empresária conta que durante os passeios, quando comentavam com os donos de outros animais que eles comiam comida natural, feita por eles, todos demonstravam interesse. "Estávamos cansados de nossos trabalhos. Sou historiadora e cuidava de um museu de ciências. Jörgen trabalhava com a Bolsa de Nova York e vivia estressado. Então, pensamos em fazer as comidas de forma comercial para termos uma vida mais relax. Só não sabíamos que teríamos de trabalhar ainda mais", brinca. 

A Pet Delícia foi fundada em 2010. "Hoje, nossos produtos estão presentes em 150 estabelecimentos. Fomos os primeiros no Brasil a produzir alimentação para cães isenta de conservantes, corantes, sabores artificiais e subprodutos. A única coisa que adicionamos são vitaminas e minerais. Mesmo assim, pelo padrão americano ainda é possível chamar de natural", afirma Roberta.

As comidas da Pet Delícia levam, segundo ela, peito de frango ou músculo bovino, legumes, arroz integral, alga, semente de linhaça moída, entre outros produtos. "É uma ração úmida, vendida congelada ou em lata pasteurizada, que dispensa o uso de conservantes e tem validade de um ano. Hoje, alimentos desse tipo são uma forte tendência nos Estados Unidos e Europa", conclui.

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Para eternizar a imagem dos animais de estimação, o empresário Ricardo Ferraz e alguns sócios criaram a Pet Retrato. "Gostamos muito de animais e soubemos de uma australiana que trabalha fazendo retratos de animais domésticos. Achamos a ideia boa e em maio de 2013 lançamos a empresa."

Ferraz conta que o pacote mais barato sai por R$ 350. "É o mini ensaio pet, que dura 40 minutos e dá direito a 20 fotos. O ensaio tradicional tem mais saída. Ele dura cerca de três horas, são produzidas mais de 600 imagens e o cliente recebe 50 fotos. Esse book custa R$ 550."

Segundo ele, o negócio está em processo de formatação para virar franquia no início do próximo ano. "Recebemos demanda de pessoas interessadas de todas as partes do o Brasil."

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