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Notícias do mundo do agronegócio

Capal vê crescimento firme em 2022, puxado pelo segmento agrícola

Cooperativa destinará neste ano R$ 100 milhões para melhorias na estrutura de recepção, secagem, armazenagem de grãos e para duas novas lojas de insumos, das atuais 11

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Por Isadora Duarte (Broadcast), Clarice Couto e Augusto Decker
Atualização:

A cooperativa Capal, que atua no Paraná e em São Paulo, comemora os resultados de 2021 e prevê um 2022 ainda melhor. A receita se aproximou dos R$ 3,25 bilhões e o resultado líquido, dos R$ 165 milhões, alta de 58% e 45% ante 2020. Para este ano, prevê crescimento de 25% em faturamento e distribuirá de 10% a 15% mais sobras de recursos aos 3.439 produtores cooperados. O desempenho deve ser puxado pela cadeia agrícola, que representa 70% dos negócios, diz Adilson Fuga, presidente executivo da Capal. “A área plantada aumentará 8% na safra 2021/22, para 181 mil hectares. O dólar e os valores das commodities também são favoráveis.” A expectativa é receber 15% mais grãos ante as 860 mil toneladas de soja, milho, trigo e cevada de 2021.

Silo da Capal em Wenceslau Braz (PR). Cooperativa vai ampliar em 10% a 15% a capacidade de armazenagem de grãos Foto: Capal/ Divulgação

Investimento em melhor estrutura

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A Capal destinará neste ano R$ 100 milhões para melhorias na estrutura de recepção, secagem, armazenagem de grãos e para duas novas lojas de insumos, das atuais 11. A capacidade de armazenagem do sementeiro deve atender produção de 600 mil sacas até o fim do ano.

Parceria na diversificação de negócios

Ao lado das cooperativas Frísia e Castrolanda, a Capal vai construir uma queijaria em Ponta Grossa (PR), com investimento de R$ 470 milhões - R$ 47 milhões são da Capal. Com Frísia, Castrolanda, Agrária, Bom Jesus e Coopagrícola, a Capal também está aportando R$ 200 milhões em uma maltaria - de um total de R$ 1,5 bilhão. 

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Biotech

A Tropical Melhoramento & Genética (TMG), de sementes, concluiu investimento de R$ 15 milhões na construção de um laboratório de biotecnologia em Cambé (PR). Anderson Meda, gerente de pesquisa, conta que a expansão permite alcançar, por ano, 30 milhões de análises de DNA de sementes e plantas de soja, milho e algodão, um aumento de 15 vezes na capacidade. O aporte está previsto na meta da empresa de aplicar R$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento até 2031.

Rumo ao 4.0

Pesquisa da consultoria KPMG revela que 75% do agronegócio têm iniciativas relacionadas à indústria 4.0 – voltada à automação. Luiz Sávio, sócio de indústria 4.0 da KPMG, chama a atenção para o fato de que 42% dos projetos em andamento estão em estágio inicial. “Os investimentos em tecnologia vêm acontecendo, no entanto parecem ser iniciativas”, diz. Modernização de sistemas, digitalização de dados e logística/rastreabilidade foram as ações mais citadas pelo setor.

Sem escapatória

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Empresas do agro, em especial exportadoras, terão de reportar suas emissões de gases de efeito estufa para se manterem atrativas no exterior, afirma Nelmara Arbex, sócia-líder de ESG da KPMG no Brasil e responsável pelo KPMG – Agro Decarbonization Hub, criado em novembro. “Não há mais espaço para quem não mede emissões. As expectativas crescerão quanto aos setores de alimentos e celulose.”

Desfecho

A Crop Care Holding, gestora de empresas de insumos agrícolas controlada pelo fundo Pátria, finalizou o acordo de associação com a UnionAgro, de adubos foliares e adjuvantes. A transação havia recebido aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em agosto. Com a companhia, a Crop Care reforça o portfólio de valor agregado, que já tem Perterra e Agrobiológica Sustentabilidade, de produtos biológicos.

Auspicioso

Ao adquirir parte majoritária da UnionAgro (o valor da operação não é revelado), a Crop Care leva para casa produtos de um mercado que cresce a dois dígitos, destaca o CEO da holding, Ezio Costa. O sócio-fundador da UnionAgro, Marcelo Bosquiero, se tornará CEO, e a Crop Care vai acelerar avanços em governança na UnionAgro, que já é uma das líderes em vendas para cana-de-açúcar e relevante em soja, milho, algodão, café e hortifruti. 

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Preço do etanol deve seguir firme em 2022

Os preços do etanol devem continuar sustentados no ano que começa amanhã, embora possam não repetir a máxima histórica de 2021. "Também depende da cotação do petróleo e do câmbio, que formam o preço da gasolina, mas o ano deve ser robusto", diz o diretor comercial da BP Bunge Bioenergia, Ricardo Busato Carvalho. O preço da gasolina importa porque o etanol hidratado concorre com o derivado do petróleo; enquanto o anidro é misturado ao combustível fóssil.

Expectativa de exportação recorde de soja em 2021

Saem na segunda-feira os dados fechados do Ministério da Economia sobre as exportações agrícolas em 2021. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) prevê recorde nas vendas externas de soja e recuo nos embarques de milho. Na pecuária, o setor privado projeta queda nas exportações de carne bovina e alta em aves e suínos.

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