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Notícias do mundo do agronegócio

Ascenza quer triplicar faturamento no Brasil com venda de defensivos

Presente desde 2008 no País, a companhia portuguesa de agroquímicos deve encerrar o ano de 2021 com receita de R$ 80 milhões

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Foto do author Isadora Duarte
Por Clarice Couto e Isadora Duarte (Broadcast)
Atualização:

A empresa portuguesa de agroquímicos Ascenza planeja expandir sua atuação no Brasil até 2025. Presente por aqui desde 2018, quer aumentar a receita de R$ 80 milhões este ano para R$ 218 milhões ao fim de 4 anos. Em 2022, o faturamento previsto é de R$ 127 milhões. A chave do crescimento será ampliar a oferta de produtos no País. O portfólio conta com 13 soluções para soja, milho, algodão, café e citros, e mais 19 virão no período, diz Rui Correia, diretor de Marketing Central. Toda a produção hoje sai da fábrica em Setúbal, Portugal, mas “muito provavelmente” uma primeira unidade será aberta aqui, conta. “Pela proximidade cultural, faz todo sentido investir no Brasil, maior mercado de proteção de cultivos do mundo”, afirma.

País impulsionará resultado global

O Brasil deve se tornar mais relevante para os negócios da Ascenza. Hoje, 8% do faturamento global sai daqui. Em 2025, serão 14%, estima Correia. A receita total da empresa, líder ibérica em defensivos pós-patente, deve crescer 35%, de 168 milhões para 250 milhões de euros.

Laboratório da Ascenza, em Portugal: Brasil será o motor de crescimento na América do Sul Foto: Divulgação

Avanço gradual na América do Sul

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A Ascenza começou a desenvolver os primeiros defensivos para o Brasil em 2010, lembra Correia. Já em junho deste ano, comprou a multinacional de produtos biológicos Oro Agri, com sede em Arapongas (PR). E, no primeiro trimestre de 2022, deve concluir um plano para entrar em outros países da América do Sul.

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Rota firme

A trading de origem norte-americana Archers Daniel Midland (ADM) vem aumentando sucessivamente os embarques de soja pelo Tegram, terminal no Porto de Itaqui, em São Luís (MA). De 210 mil toneladas em 2019, subiu para 390 mil em 2020 e deve fechar o ano com 740 mil toneladas da oleaginosa embarcadas. O avanço reflete a compra da Algar em 2018, aumento da capacidade do Tegram e reforço da equipe de compra de grãos da trading no Estado e região, diz Luciano Souza, diretor comercial da ADM América do Sul.

Terceira via

Desde a compra da Algar pela ADM, o Tegram ganhou relevância para a trading. Por lá saem hoje 9% do volume exportado pela empresa e a tendência é o porcentual aumentar, diz Souza. Para 2022, a ADM prevê escoar cerca de 900 mil toneladas de soja por São Luís, mais de 15% acima do volume deste ano.

Na lupa

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A Hexagon, empresa de tecnologia, viu sua divisão de Agricultura alcançar 5 milhões de hectares de florestas monitoradas. Desta área, 4,9 milhões de hectares são do Brasil, mais da metade das florestas plantadas com celulose no País. “É um setor que vem investindo muito na adoção de tecnologias”, diz Bernardo Castro, presidente da divisão. A companhia está expandindo os negócios agrícolas florestais para Uruguai, Espanha e Indonésia.

Bom para todos

Levantamento da Hexagon constatou que o uso das ferramentas de agricultura de precisão da empresa em 8 bilhões de hectares no mundo no ano passado evitou a emissão de cerca de 500 mil toneladas de gases de efeito estufa. Maior produtividade, eficiência logística e na aplicação de defensivos ajudam na conta. Castro prevê, em 2030, contribuir para evitar a emissão de 4 milhões de toneladas de CO2.

Zunzunzun

Lavouras de maçã, melancia, amêndoas, melão, manga, abacate, framboesa e blueberries (mirtilo) podem ter um ganho de produtividade superior a 20% com a presença de abelhas, aponta estudo feito em dez países, por quatro anos, pela multinacional Isca Tecnologias. A empresa, com sede nos Estados Unidos mas fundada por brasileiros, possui um produto que simula feromônios e atrai abelhas para pomares, estimulando a polinização. 

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Giro Subvenção a seguro rural terá R$ 990 mi em 2022

Após cortes e recomposições, o Congresso aprovou, no Orçamento de 2022, R$ 990 milhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Durante os debates, o montante chegou a ser reduzido para R$ 930,6 milhões, mas depois voltou ao valor inicial – abaixo, porém, do R$ 1 bilhão prometido no Plano Safra 2021/22.

Vem aíBNDES elevará exigências para crédito a frigoríficos

Já a partir de janeiro, frigoríficos de bovinos que tomarem crédito com o BNDES terão de passar por auditoria anual para comprovar que seus fornecedores diretos, que vendem o boi gordo para abate, cumprem todos os requisitos socioambientais. Quem incorrer em irregularidade terá de liquidar a dívida imediatamente.

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