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Notícias do mundo do agronegócio

Auxílio emergencial ajuda nos resultados da Unium

Aumento no consumo de leite no primeiro semestre impulsionou aumento de 10% na captação da matéria-prima

Foto do author Isadora Duarte
Por Leticia Pakulski , Clarice Couto e Isadora Duarte (Broadcast)
Atualização:

O auxílio emergencial pago pelo governo favoreceu o consumo de leite no primeiro semestre e a Unium deve fechar o ano com aumento de 10% na captação da matéria-prima. Até o fim do ano espera concluir investimento de R$ 3,7 milhões em armazenagem do produto in natura em Castro (PR) e aumentar a capacidade de recepção para até 2,9 milhões de litros por dia. “Temíamos o efeito da crise econômica, mas o consumo de leite cresceu e os preços são favoráveis ao produtor”, diz Willem Berend Bouwman, diretor presidente da Castrolanda e um dos diretores da Unium. A holding é formada pela atuação conjunta de Capal, Castrolanda e Frísia. Para o segundo semestre, a preocupação é até quando vai o benefício. “A força do consumo está relacionada ao auxílio governamental. Esperamos que a economia continue girando”, diz Bouwman.

Vaca leiteira. Produtor foi mais bem remunerado pelo leite este ano Foto: NILTON FUKUDA / AE

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Alternativa

Também em Castro (PR), a Unium concluiu investimento de R$ 100 milhões para desidratar até 600 mil litros de leite/dia. A estrutura é estratégica porque, quando há excesso de matéria-prima, garante a transformação em leite em pó e abre a possibilidade de exportar. “Estamos buscando a habilitação para a China”, diz Bouwman. Hoje toda a produção da Unium fica no mercado interno.

Diversifica

 Já para carne suína, o mercado externo vem ampliando a participação no faturamento. Se no ano passado as vendas externas representavam 30% da receita da Unium no segmento, neste ano o porcentual chega a 45%. A holding embarca o produto para 30 países, com abate de 3.500 animais por dia.

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Sem banco 

A fintech Astana Pay começa a oferecer serviços financeiros ao setor pecuário, acompanhando a tendência de demanda por soluções mais ágeis que as dos bancos. A empresa comprou a Ideal Automation, que detém um banco de dados na área pecuária, e passa a operar com 50 fazendas de dez Estados, que terão acesso por aplicativo a soluções como folha de pagamento, cartão de crédito pré-pago, geração de boletos e conta. Com a possibilidade de identificar quem são os fornecedores dos clientes, vê potencial para movimentar até R$ 300 milhões/ano.

Ponte

Em parceria com a securitizadora Reit, a Astana oferecerá R$ 30 milhões em crédito, valor que atenderia, segundo Alberto Barbo, o CEO, seis confinamentos do grupo. No projeto-piloto, a Reit vai estruturar a operação necessária à captação dos recursos e a Astana será o meio pelo qual os pecuaristas receberão o dinheiro.

Nem tão longe

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 A israelense Agritask expande operações por aqui, de olho na demanda por gestão remota de propriedades rurais. Amir Szuster, vice-presidente de Vendas e Novos Negócios, conta que a área atendida pela plataforma deve chegar a 1,2 milhão de hectares ao fim deste semestre, dos atuais 650 mil hectares. “A receita deve crescer entre 40% e 50% ante o obtido em 2019”, prevê. Além da sede em São Paulo, a companhia conta com escritório em Mato Grosso e planeja base no oeste da Bahia.

Nem tão perto

A empresa atende a grandes do setor agrícola, como Grupo Bom Jesus, Grupo Itaquerê e Yoki. Mas são as seguradoras rurais que devem puxar parte do crescimento da Agritask, segundo Szuster. A procura pelos serviços nesse segmento se acelerou com a pandemia. “Com a ferramenta, todo o processo de análise de perdas e monitoramento de riscos é feito de forma remota”, explica.

Em pauta

Com os fertilizantes organominerais ganhando terreno, a SuperBac prevê vender 30% mais do insumo neste ano. “O agricultor tem buscado inovação ‘verde’ para ganhar produtividade”, diz Mozart Fogaça, vice-presidente de Negócios e Marketing da fabricante. Além de soja, milho e cana-de-açúcar, a empresa planeja atuar também com trigo e café.

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No horizonte

SuperBac deve encerrar o ano com aumento de 28% na produção a partir da unidade de Mandaguari (PR). “Hoje, a capacidade instalada permite ampliar a produção até 2022”, conta. Depois desse ciclo, o plano é construir uma planta no Paraná que deve entrar em operação até 2023.

Avante

Jasmine Alimentos projeta fechar o ano com crescimento de 20% nas vendas. “Após a pandemia, percebemos maior busca por alimentação saudável”, diz Rodolfo Lourenço, diretor de Inovação e Transformação. A empresa também fechou parceria com a Amazon para ampliar a venda online. Neste 2.º semestre, entrou no nicho de carne vegetal e prepara dois lançamentos de pães sem glúten.

Pegando fogo

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A campanha de entidades ambientais contra o presidente Jair Bolsonaro e o desmatamento na Amazônia, “defundbolsonaro” (não financie Bolsonaro), recebeu críticas de grupos do agronegócio no WhatsApp. “É campanha pessoal contra Bolsonaro, não contra o País”, ameniza um deles sobre o vídeo que diz que “Bolsonaro permite” queimadas na região.

Correção

Na coluna publicada na semana passada, o fertilizante siltito glauconítico foi incorretamente descrito como um composto fosfatado. Na verdade, o adubo tem potássio na sua composição.

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