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Notícias do mundo do agronegócio

Barenbrug prevê receita 40% maior no Brasil

Demanda cresceu, enquanto caiu a oferta de forrageiras, usadas na pecuária para pasto e na agricultura para cobertura de solo, por causa dos estoques enxutos, do clima seco em algumas regiões e da migração de sementeiros para soja e milho

Por Coluna do Broadcast Agro
Atualização:

A Barenbrug, segunda maior empresa de sementes forrageiras do mundo, prevê ampliar em até 40% seu faturamento no Brasil no ano fiscal 2020/21, que começou em julho. A demanda cresceu, enquanto caiu a oferta de forrageiras, usadas na pecuária para pasto e na agricultura para cobertura de solo, por causa dos estoques enxutos, do clima seco em algumas regiões e da migração de sementeiros para soja e milho. Álvaro Peixoto, diretor geral da empresa no Brasil, diz que produtores estão capitalizados e investindo mais. “O Brasil é o grande mercado emergente e pode representar um salto no futuro para a empresa”, diz. A Barenbrug reinveste por aqui 15% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento, acima dos 8% a 10% em nível global. A companhia não abre o faturamento por país – no mundo sua receita foi de 275 milhões de euros em 2019/20. 

Rebanho. Pecuarista investe em forrageiras para alimentação animal Foto: Werther Santana/Estadão/

Avança

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Líder no segmento de híbridos (a partir do cruzamento de plantas) no Brasil, a Barenbrug projeta venda 45% maior nesse nicho em 2020/21. “É um mercado que vai crescer entre 8 e 10 vezes em 15 anos, e a nossa participação deverá ficar próxima dos 70% a 75%”, diz Peixoto. 

Aqui e lá

Com presença consolidada no Sul do Brasil, a empresa busca espaço em Estados com pecuária tecnificada, como os do Centro-Oeste mais Tocantins, Rondônia e Minas Gerais. “Nosso grande desafio é acesso a mercado. Temos planos de expandir a distribuição.” Daqui, a Barenbrug exporta sementes para 12 países na América do Sul, África e no Oriente Médio.

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Atrás de insumos

A escassez de caixas de papelão no mercado está atrapalhando os planos da Marajoara Laticínios. Ela ampliou em 30% a capacidade de produção de leite condensado no polo industrial de Hidrolândia (GO), para até 4 mil toneladas por mês, mas ainda não obtém o resultado. “Faltam película (usada em volta de caixas), cola, fita adesiva”, conta André Luiz Junqueira, diretor-presidente. Outro entrave é a alta no ano de R$ 1 por litro de leite adquirido do produtor. 

Mais doce

A empresa fecharia o ano com volume de vendas, ante 2019, 8% a 10% maior de leite condensado, que representa de 30% a 35% da sua operação. “Ao ficarem desempregadas, as pessoas começaram a criar alternativas, como preparar doces para vender, o que criou maior demanda pelo produto”, diz o executivo.

Na estrada

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O agronegócio compensou neste ano a retração da indústria e do turismo no faturamento da Volare, unidade de micro-ônibus da

Marcopolo

As vendas no segmento de fretamento (transporte de mão-de-obra) para o agro cresceram cerca de 50% em relação a 2019. Isso contribuiu para o aumento de 66% na produção diária da Volare, para 20 unidades, conta Sidnei Vargas, gerente nacional de vendas.

Diversificada

Com a pandemia da covid-19, empresas do agro substituíram vans por micro-ônibus para garantir o distanciamento entre funcionários transportados. “Trabalhamos há anos com o agronegócio, então, quando a demanda cresceu, tínhamos portfólio construído pensando no transporte de mão-de-obra em terrenos mais severos, estrada de chão, dentro de fazendas”, conta o executivo.

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Chegou a hora

A B3, que deve concentrar o registro das Cédulas de Produto Rural (CPRs) a partir de 1º de janeiro, recebeu nos últimos dois meses uma “enxurrada” de consultas de tradings, revendas de insumos, cooperativas e agtechs que usam o papel. Todos queriam entender o processo, conta Fabio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios. Pela resolução do Banco Central de 27 de novembro, será obrigatório, até 30 de junho, o registro de CPRs de qualquer valor emitidas por bancos e superiores a R$ 1 milhão vinculadas aos demais agentes. O montante diminuirá gradualmente até que em 1º. de janeiro de 2024 CPRs de qualquer agente e valor terão de ser registradas. 

Mais espera

A grande mudança no mercado deve ser percebida de julho em diante, quando registradoras como a B3 deverão, com anuência do devedor, permitir a credores checar quantas CPRs estão vinculadas a determinado CPF ou CNPJ. Hoje não se sabe quando o papel, gerado na contratação de crédito por produtores com dados da produção financiada, foi entregue mais de uma vez ou se há risco de inadimplência. “A regulamentação vai beneficiar os transparentes e reduzir o custo do crédito”, diz Zenaro. 

Navegante

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A Seara, marca da JBS, amplia o uso da cabotagem para ter mais eficiência no controle da temperatura de alimentos congelados e economizar até 30% no custo do transporte. Em outubro, a companhia embarcou o recorde de 485 contêineres refrigerados, 80% mais que no mesmo mês de 2019. Em novembro, o crescimento foi de 78% na mesma base comparativa, para 392 contêineres embarcados. / LETICIA PAKULSKI, CLARICE COUTO E JULLIANA MARTINS