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Governo pode zerar taxa de importação para o arroz, milho e soja

Inclusão seria temporária e ajudaria a 'impedir o aumento de preços dos produtos da cesta básica', informou em nota o Ministério da Agricultura; assunto será discutido pela Camex

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - Preocupado com o aumento dos preços no mercado interno, o governo brasileiro pode retirar temporariamente as tarifas de importação para o arroz, milho e soja. A ideia está em discussão no Ministério da Agricultura e deverá ser levada à Câmara de Comércio Exterior (Camex), formada pela pasta e por ministérios como da Economia e de Relações Exteriores.

Empresas do agronegócio estão entre 'novatas' em emissões no mercado. Foto: Germano Rorato/Estadão

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Em nota, o Ministério da Agricultura confirmou estar avaliando a possibilidade de solicitar a inclusão temporária do arroz, do milho e da soja na lista de exceção à Tarifa Externa Comum (LETEC), "como forma de equilibrar o mercado doméstico e impedir o aumento de preços de produtos da cesta básica". "É uma proposta que conta com apoio do setor produtivo", disse o órgão ao Estadão/Broadcast.

A alíquota de importação para países fora do Mercosul é de 12% para o arroz e 8% para soja e milho. Esses produtos têm pouca importação no Brasil – a ideia é justamente tirar a taxa para que aumente a compra enquanto os preços internos estão altos.

De janeiro a julho, a soja foi o produto número um em exportações, com vendas que somam US$ 23,795 bilhões (19,7% do total exportado). As importações do produto, no entanto, somaram apenas US$ 119,17 milhões (0,1% do total importado).

O Brasil importou US$ 78,13 milhões em milho (0,09% das importações totais) e exportou US$ 1,251 bilhão (1,04% das exportações). Em relação ao arroz, as importações somaram US$ 8,65 milhões (0,01% do total) e as exportações, US$ 108,83 milhões (0,09%).

A Camex terá reunião extraordinária nesta quinta-feira, 27, mas, de acordo com fontes, o assunto ainda não está na pauta e deve ser discutido em reunião ordinária posteriormente.