Summit Agronegócio: tech e sustentável

O agronegócio se firma como exportador de alimentos, sobretudo para a China, com respeito às regras ambientais. Falta comunicar isso melhor e resolver a falta de conectividade no campo

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Por Redação
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O agronegócio brasileiro já conquistou seu espaço como grande fornecedor global de alimentos e pode abocanhar fatias maiores ainda num futuro próximo, além de fidelizar os mercados conquistados, avaliaram os participantes do Summit Agronegócio Brasil 2019, realizado pelo Estado no dia 13 de novembro, em São Paulo, com patrocínio da Corteva e da Embratel. Para se tornar mais competitivo, porém, o setor deve solucionar gargalos ligados à conectividade no campo, possibilitando o eficiente emprego de tecnologias ligadas ao universo digital e de armazenamento e uso de dados. Neste sentido, iniciativas importantes foram apresentadas no evento, inclusive por várias startups, que mostraram suas soluções para a cadeia produtiva no Painel Tech do Summit. Mas há um grande e custoso desafio a ser enfrentado para levar internet ao meio rural: a instalação de pelo menos 4 mil torres de celular para cobrir o “vazio” de 50 milhões de hectares sem conectividade.

Produção sustentável já faz parte da realidade do campo Foto: Jerônimo Gonzalez/Estadão

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Outra questão essencial é conseguir mostrar ao mundo e também ao próprio País que a produção sustentável já faz parte da realidade do campo. Para os especialistas que debateram o assunto, o agronegócio brasileiro não consegue, ainda, comunicar de maneira eficaz que, além de produtivo e competitivo, respeita as leis ambientais. 

Mesmo que atualmente as exportações de commodities agrícolas brasileiras sejam crescentes, muito por causa da guerra comercial entre Estados Unidos e China – que deve se prolongar, na visão dos especialistas – e da peste suína africana no gigante asiático, a conta de exigências ambientais será cada vez mais cobrada. E, para isso, as respostas devem estar prontas e de forma que todos entendam. Um alento veio do setor de logística, que demonstrou otimismo com investimentos recentes e futuros no setor, inclusive na área tecnológica, para otimizar o escoamento da gigante safra brasileira de grãos, que deve bater novo recorde em 2019/2020, com cerca de 246 milhões de toneladas.

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