
20 de março de 2014 | 09h17
SÃO PAULO - Com a aproximação da Páscoa, o ambiente da maioria dos supermercados muda para acomodar ovos e mais ovos. Mas apesar do produto ser o mais típico desta época do ano, não é o mais vendido. A sofisticação dos ovos e, consequentemente, o aumento dos preços, tem feito cada vez mais o consumidor optar pelo chocolate em barra.
Ovo de Páscoa perde espaço na gôndola
Uma pesquisa da consultoria Kantar Worldpanel, que realiza painéis periódicos com consumidores sobre hábitos de compra, mostra que na Páscoa passada caiu para 24% a preferência pela compra de ovos, contra 76% de chocolates em barra. Em 2012, os ovos representaram 33% das compras, ante 67% de outros chocolates. Segundo a Kantar, essa tendência que deve se manter neste ano.
Os gastos com itens de chocolate, no entanto, cresceram. Em 2012, foi uma média de R$ 66,51 por domicílio. Esse valor aumentou para R$ 76,22 em 2013. "Apesar das barras de chocolate serem mais baratas, a pesquisa mostra que os consumidores acabaram gastando mais no último ano, pois com um preço em conta conseguiram adquirir mais produtos e de maior qualidade", diz a diretora comercial da Kantar Worldpanel, Christine Pereira.
A disposição do consumidor em gastar mais influencia na expectativa positiva da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para a Páscoa 2014. A entidade espera crescimento médio de 7,2% das vendas de produtos relacionados à Páscoa neste ano em comparação com 2013. Segundo a Abras, a Páscoa é o segundo melhor período de vendas, atrás somente do Natal.
Levantamento da Abras mostra que 64% dos supermercadistas esperam que as vendas da Páscoa deste ano superem a passada. As encomendas de chocolates cresceram 5,6% neste ano e as de ovos de Páscoa, 4,6%. Mas os preços também subiram, com destaque para os ovos, em média 7,9% mais caros. Os chocolates em barra tiveram aumento médio de 5,4%.
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