26 de junho de 2015 | 02h06
Por ter acesso a medicamentos de última geração, um paciente do sistema suplementar de saúde, regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vive em média até três anos mais do que um paciente do SUS, segundo estimativa apresentada pelo oncologista Carlos Barrios, do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, ao comparar resultados de diferentes terapias indicadas para câncer de mama metastático.
O paciente brasileiro sofre ainda pelo longo processo de estudo, registro e oferta de um novo medicamento, que pode demorar até quatro vezes mais do que em outros países. Dados do governo e de associações do setor mostram que, no Brasil, esse processo consome até quatro anos e nove meses, enquanto em outras nações o prazo pode ser de apenas um ano. Além disso, por falta de diálogo, os critérios dos órgãos oficiais para escolha dos tratamentos nem sempre seguem os dos médicos especializados. Frequentemente, por questões de custos.
Diante desse quadro, a recomendação unânime de médicos e especialistas que participaram do encontro foi a busca de maior coordenação entre os diversos setores do sistema de saúde brasileiro.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.