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2006 será o melhor ano em lançamento de ações da história, diz CVM

Já foram registrados R$ 11,6 bilhões em emissões de ações até maio, valor muito próximo aos R$ 14 bilhões registrado durante todo o ano de 2005

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Trindade, disse nesta sexta-feira que o Brasil caminha para que 2006 seja o melhor ano em lançamentos de ações de sua história. Em palestra durante o XVII Congresso Nacional de Executivos de Finanças, promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finaças (Ibef), Trindade afirmou que já foram registrados R$ 11,6 bilhões em emissões de ações até maio, valor muito próximo aos R$ 14 bilhões registrado durante todo o ano de 2005. Além desse valor, ainda existem em análise mais R$ 19 bilhões em pedidos de lançamentos de ações. "Este será o melhor primeiro semestre em colocações de ações", disse, ao lembrar que a previsão também é de bater o resultado do ano passado. Trindade destacou ainda em sua palestra que uma das preocupações da CVM é com a concentração no mercado de capitais. Segundo ele, isso não é um problema apenas do mercado brasileiro, mas sim um fenômeno internacional. O presidente citou dados da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que apontam que apenas nove companhias brasileiras respondem 50% da capitalização total do pregão paulista. Outro dado é que nove empresas representam 50% do volume de negócios da Bovespa. Trindade explicou que essa fotografia aponta que existem dois tipos de mercado de capitais no Brasil. O primeiro inclui as grandes empresas que não têm problemas de arcar com os custos de ser uma companhia aberta. Já o segundo é de companhias de menor porte que são atraídas pelo atual bom desempenho do mercado de capitais, que terão mais dificuldade de arcar com esses custos. Atualmente a CVM trabalha em uma instrução que prevê níveis diferenciados de companhias abertas. O presidente da autarquia acredita que essas novas regras possam facilitar a manutenção das companhias de médio porte no mercado de capitais brasileiro.

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