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52% dos consumidores estão inadimplentes em junho

Por Agencia Estado
Atualização:

A situação financeira do consumidor piorou em junho, com o total dos endividados com contas em atraso tendo se elevado em 5 pontos porcentuais, de 47% em maio para 52% este mês. A mesma conta vale para a comparação entre junho deste ano e junho do ano passado, quando os inadimplentes também perfaziam 47%. Os números constam da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). O porcentual dos endividados com suas obrigações em atraso em junho se apresenta como o maior desde o início do levantamento em fevereiro de 2004, quando o que se verificou em dívidas em atraso correspondia a 39% dos contratos firmados. A conclusão a que estes números leva, segundo a assessoria econômica da Fecomércio-SP, é de que a elevação do emprego e da renda não está se mostrando suficiente para dar respaldo à forte expansão do crédito verificada desde o ano passado. Comprometimento da renda Outro dado depreendido da Pesquisa de Endividamento de Inadimplência em junho diz respeito ao grau de comprometimento da renda do consumidor com dívidas, que ficou em 39%. Se comparado com maio, o porcentual se repete, mas quando se olha o histórico da Peic, este é o pico do comprometimento da renda do consumidor. Taxas de 39% foram verificadas em março, junho de 2004, e agora em maio e junho de 2005. Nível de endividamento A Fecomércio constatou também em junho o aumento do nível de endividamento do consumidor na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) para 56% ante uma taxa de 53% em maio. Trata-se de uma aceleração de 3 pontos porcentuais no índice, segundo a Peic. De acordo com a assessoria econômica da Fecomércio-SP, a pesquisa leva em conta as dívidas contraídas voluntariamente, como a utilização do limite do cheque especial, despesas pagas com cartões de créditos, empréstimos pessoais e prestações em geral. Para os economistas, o atual nível de endividamento aliado a um pior perfil econômico dos consumidores endividados contribuiu para o aumento da inadimplência, que subiu de 47% em maio para 52% este mês. O pior, de acordo com os analistas da entidade, é que os dados do levantamento indicam que os consumidores que continuam endividados são aqueles que terão maior dificuldade para pagar as contas. Prova disso, segundo os analistas é que 35% dos que estão com suas contas em atraso afirmam que não poderão quitá-las no curto prazo, o maior porcentual desde agosto de 2004, quando 39% dos pesquisados responderam a esta questão.

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